Além das 90 prisões após a polícia de Washington e o FBI identificarem participantes da invasão do Capitólio, a sede do poder legislativo dos Estados Unidos, na quarta-feira (6), empresas demitem funcionários envolvidos, mesmo que estes não tenham participado diretamente da ação. Basta ter sido identificado no conflito com as forças de segurança. A medida faz parte de um esforço das empresas de se afastarem de qualquer ligação com o radicalismo e discursos de ódio.
O caso mais emblemático foi divulgado na quinta-feira (7), quando a empresa de marketing Navistar, de Maryland, demitiu por justa causa o homem que participou da ação portando seu crachá de identificação profissional. Seu nome não foi revelado. A Navistar anunciou que respeita os diferentes posicionamentos políticos de seus integrantes, desde que não haja ameaça à integridade física de ninguém. O distúrbio provocou a morte de cinco pessoas, incluindo um segurança do Congresso, vítima de golpes na cabeça.
Nem dirigentes foram poupados. A empresa de análise de dados Cogensia botou na rua o diretor Bradley Rukstales, que foi preso pela invasão. Em nota, a empresa afirmou que atitude de Rukstales “foi inconsistente com os valores centrais da Cogensia”.
O FBI prometeu indiciar tantos invasores quanto for possível. Entre estes estaria Jake Angeli, que se tornou um personagem símbolo do ataque, com seu cocar de chifres e cara pintada. Autodenominado Q Shamam, Angeli é ligado ao movimento conspiratório QAnon e estaria em liberdade na sexta-feira (8), por não possuir antecedentes criminais no Arizona, estado onde reside.