O presidente americano, Donald Trump, anunciou oficialmente no final da tarde de quinta-feira (8), horário de Brasília, a criação de nova taxa de importação de aço e alumínio. A nova tarifa é de 10% para alumínio e 25% para o aço. Na coletiva , Trump disse está revendo as ações de presidentes anteriores que “deixaram as fábricas apodrecer” e “traíram trabalhadores que construíram a nação”.
Trump disse que os Estados Unidos vão acabar com o déficit comercial que, ano passado foi de US$ 566 bilhões. A estratégia, segundo ele, será a reciprocidade tarifária, isto é, adotar a mesma tarifa de importação que um país adota para importar produtos americanos. Ele citou como exemplo a China, que tem superávit comercial com os Estados Unidos e aplicam alíquota de importação sobre carros americanos de 25%, enquanto a alíquota americana de importação de carros chineses é 2,5%, segundo Trump. “Vamos igualar os números”, disse Trump.
A medida afeta as grandes siderúrgicas brasileiras, como CSN e Usiminas. Cerca de 30% das exportações de aço do Brasil têm os Estados Unidos como destino. O presidente da Usiminas, Sergio Leite de Andrade, defende o princípio de reciprocidade e pediu que o governo brasileiro sobretaxe as importações de aço e alumínio nos mesmos patamares.
Em nota, o Instituto Aço Brasil classificou como “extrema” a medida do governo americano e disse que a sobretaxa vai provocar danos significativos para as empresas brasileiras e, também, para os Estados Unidos, “que não têm autossuficiência no seu abastecimento”. O instituto informou que acreditava que o Brasil ficaria de fora da medida.
Respostas de 2
Quem sabe assim o aço vendido no mercado interno fica mais barato.
É só o que faltava o Brasil, logo o Brasil, reclamar de tarifa protecionista.
Logo o país que coloca, em alguns casos, tarifas de quase 100% em produtos importados.