Se 2020 foi marcado como o ano do home office em razão da pandemia do novo coronavírus e as medidas de distanciamento social, 2021 chegou com a perspectiva da vacina e de uma mudança no modelo de trabalho das empresas. Um levantamento da Technology Review Brasil, uma das principais publicações de tecnologia e negócios do mundo, com a chancela do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), apontou que o trabalho em casa deve permanecer, mas combinado com o retorno presencial, cercado de cuidados e visando melhor rendimento e otimização.
Os dados apurados pela sondagem indicam que 6,5% dos 1,4 mil entrevistados não querem mais o home-office, e que 93,5% desejam manter esse formato pelo menos um dia na semana. O modelo híbrido, na avaliação do estudo, poderá unir as facilidades do trabalho remoto aos benefícios do escritório, tanto para empresas quanto para colaboradores. A solução apurada seria intercalar um ou dois dias em casa com outros três ou quatro no escritório.
Para que isso funcione, segundo o editor-chefe da MIT Technology Review Brasil, André Miceli, as companhias e seus líderes devem entender os desafios e barreiras que a diminuição de contato entre os funcionários traz, como confiança e senso de pertencimento. “O líder terá que criar situações que façam com que as pessoas se conheçam, para estabelecer esse senso de confiança entre si. E o senso de pertencimento é fundamental para a construção de cultura. Uma empresa sem cultura é mais fraca. Os líderes terão que construir redes para que esses grupos tenham a cara da empresa”, destacou.