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As empresas precisam saber que cultura digital só funciona onde houver gente

As empresas que postergaram sua presença na internet ou estavam de maneira fraca no virtual se viram obrigadas a correr para sobreviver na pandemia. Porém, nada está garantido. Novos desafios estão no horizonte digital. “O que se esperava em cinco anos, acontecerá em dois anos [2020 e 2021]”, afirma Caio Cunha, presidente da consultoria WSI Master Brasil. A concorrência está no mundo inteiro, não mais em um espaço geográfico determinado. “O segredo é saber quem são seus concorrentes no digital, seu público-alvo, ter preço competitivo e encontrar algum diferencial”, explicou Cunha. MONEY REPORT questionou se o futuro será digital ou tenderia ao omnichannel, como boa parte dos empresários, principalmente os de varejo, parecem apostar. O presidente da WSI é categórico: “O futuro será digital mesmo e pronto”.

Caio Cunha, da WSI: “O futuro será digital e pronto”

Mas como manter uma cultura digital palpável diante de seres humanos, digamos, analógicos? De acordo com Victor Gonçalves, chief digital officer (CDO) da consultoria de transformação digital Verity, a coordenação é fundamental. Principalmente na adaptação ao teletrabalho, a ponta de lança dessa nova realidade. “A liderança de uma empresa é um pilar, uma referência aos colaboradores. É preciso oferecer segurança e uma jornada de integração aos antigos e novos contratados. Eles precisam se sentir parte da companhia mesmo distante”, explicou Gonçalves, se referindo àqueles que mudaram de emprego ou entraram no mercado já em tempos de distanciamento, sem contato “físico” e “real” com a empresa, seus produtos e clientes. O CDO da Verity destacou que as coisas rumam para um mundo hiperconectado, ou seja, mais digital que nunca. Para tanto, é preciso criar uma com urgência uma cultura empresarial digital, caso contrário, negócios poderão desaparecer.

Victor Gonçalves, da Verity: “Se a liberdade motiva, então dê mais liberdade”

Na avaliação de Gonçalves e de Cunha, as redes sociais são fundamentais para as empresas que buscam engajamento do público. Usá-las como ferramenta apenas para o comércio é um erro fácil. As plataformas precisam ser uma forma de interação que afete a decisão final do cliente. Voltando ao aspecto interno, para engajar colaboradores e fomentar grandes ideias, é necessário desapego. “A motivação individual dos colaboradores deve ser vista pela liderança. Exemplo: se a liberdade é uma motivação, dê liberdade para a criatividade e para o erro. Empresa que não erra, não inova”, explicou Victor Gonçalves. Caio Cunha destacou que o digital, diferente do ambiente corporativo tradicional engessado, permite avaliar a cada mês se alguma decisão foi acertada ou merece correção. Para tanto, o profissional de business inteligence (BI) é crucial em qualquer organização digital. “É possível mensurar em curto prazo as decisões das empresas em vez de esperar um ano ou mais. Isso minimiza prejuízos e aumenta a capacidade de reinvenção”, diz Cunha, citando empresas do passado.

“Pessoas nunca saem de moda”

Michel Scott, personagem da série “The Office”

Para que tudo funcione, o capital humano é o elemento mais importante. No fim do dia, é preciso lembrar que os negócios versam apenas sobre pessoas, seja no B2C ou B2B. No episódio 6 da 3ª temporada da série The Office, levado ao ar lá em 2006, quando a tecnologia era vista com alguma desconfiança, o personagem Michel Scott (Steven Carell) foi visionário em uma breve reflexão: “Pessoas nunca saem de moda”.

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