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Lucro da Cemig cresce 200% e soma R$1 bi em 2017; pagará R$500 mi em dividendos

SÃO PAULO (Reuters) – A elétrica mineira Cemig fechou o ano de 2017 com um lucro líquido de 1 bilhão de reais, o que representa avanço de 199 por cento na comparação com o ano anterior, segundo balanço divulgado pela companhia nesta quinta-feira.

A companhia, que tem ativos de geração e distribuição de energia, além de participações em diversas empresas, como a Taesa, de transmissão, e a Light, reportou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 3,5 bilhões de reais, alta de 32,4 por cento na comparação anual.

Com o resultado, a empresa controlada pelo governo do Estado de Minas Gerais propôs a distribuição aos acionistas de 501 milhões de reais em dividendos.

A proposta, que será apreciada em assembleia ordinária agendada para 30 de abril, prevê 486 milhões de reais para os detentores de ações preferenciais e 14 milhões de reais para os acionistas com papéis ordinários.

“Temos a convicção de que a melhoria da nossa lucratividade e geração de caixa representam uma tendência para os próximos anos, como resultado de nossas ações presentes”, afirmou a Cemig em uma mensagem da administração apresentada junto com os resultados.

A elétrica teve uma receita de 21,7 bilhões de reais em 2017, avanço de 15,7 por cento na comparação anual.

Ao final de 2017, a Cemig contava com 5,8 mil empregados, contra 7,1 mil em 2016, principalmente devido a um programa de desligamento voluntário lançado ao longo do ano passado para reduzir custos, com adesão de quase 1,2 mil pessoas.

O endividamento da companhia fechou o ano em 14,4 bilhões de reais. Dos débitos, 2,37 bilhões de reais vencem em 2018 e 1,2 bilhão em 2019, após a empresa ter negociado com bancos um alongamento de prazos.

Antes da renegociação, a Cemig tinha 3,9 bilhões em dívidas que venceriam neste ano e 1,85 bilhão em 2019.

“A companhia espera uma melhoria nos ratings (dados à empresa por agências de classificação de risco) em 2018 em função das ações realizadas em 2017 para melhoria do perfil do endividamento”, afirmou a elétrica no balanço.

DESINVESTIMENTOS

Apesar da renegociação de vencimentos, a Cemig segue com uma dívida elevada, que a companhia promete buscar reduzir por meio de um plano de desinvestimentos.

Até o momento, as vendas de ativos têm andado lentamente– a Cemig vendeu apenas parte de sua fatia na transmissora Taesa, um pacote de linhas de transmissão e parques e projetos eólicos de sua controlada Renova Energia.

Mas a elétrica garantiu que o plano, anunciado ainda em junho de 2017, terá avanços neste ano.

“Apesar das dificuldades e complexidades inerentes aos processos de alienação, estamos confiantes que as ações que estamos realizando trarão resultados positivos em 2018, o que permitirá a redução de forma mais acentuada e acelerada da alavancagem”, aponta a empresa em sua mensagem da administração.

(Por Luciano Costa)

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