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Confiança do agronegócio segue em patamar otimista, apesar de queda

O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), divulgado nesta quarta-feira (10) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela CropLife Brasil, fechou o quarto trimestre de 2020 em 121,4 pontos, recuo de 5,6 pontos em relação ao levantamento anterior. Apesar da queda, os ânimos do setor mantiveram-se em patamares altos, visto que foi o terceiro melhor desempenho desde o início da série histórica. Segundo a metodologia do índice, resultados acima de 100 pontos demonstram otimismo no setor e, abaixo deste patamar, pessimismo. Todos os segmentos pesquisados perderam confiança, mas cada um por seus próprios motivos. Os produtores agrícolas, por exemplo, foram influenciados diretamente pela irregularidade climática observada no fim de 2020, que fez o plantio da safra de verão ser o mais atrasado da história. No caso das agroindústrias, para algumas o aspecto preponderante foi a desvalorização do real, enquanto para outras o aumento dos custos das rações pesou mais. “Não se pode ver no atual recuo da confiança uma tendência de queda para 2021. Era de esperar que houvesse uma retração em relação ao terceiro trimestre de 2020, quando o indicador alcançou o melhor resultado da série histórica”, apontou Roberto Betancourt, diretor titular do Departamento do Agronegócio da Fiesp.

Por que é importante

Puxado pela alta das commodities e a valorização do dólar, o agronegócio brasileiro deve ser um dos poucos setores da economia a encerrar 2020 em alta

Quem ganha

O produtor agrícola, que concentra o grupo mais otimista (129,2 pontos)

Quem perde

As empresas de insumos agrícolas, segmento que mais perdeu entusiasmo no último trimestre do ano (112,9 pontos)

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