O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) (centro da imagem), anunciou nesta terça-feira (2) um acordo com governadores para destinar R$ 14,5 bilhões do Orçamento da União de 2021 para a área da saúde. Deste total, R$ 12 bilhões virão de emendas parlamentares e R$ 2,5 bi do fundo emergencial de combate à pandemia.
De acordo com Lira, será criado um grupo com um governador de cada região, representantes do Congresso e do Ministério da Saúde para acompanhar a importação de insumos e a fabricação das vacinas no país. Ou seja, a pressão política fez o Ministério da Saúde (e consequentemente o presidente Bolsonaro) perder força no enfrentamento da crise, já que a pasta é vista com desconfiança e considerada incompetente.
O coordenador do fórum dos governadores, Wellington Dias (PI-PT), ressaltou que há uma promessa do governo federal de vacinar 50 milhões de pessoas até maio – quase 25% dos brasileiros. “Temos essa perspectiva de sair dessa situação de superlotação dos hospitais e desse número elevado de óbitos. E a boa notícia que foi superado o problema que impedia contratos com a Pfizer e a Janssen [Johnson & Johnson]. Foi colocado um aceno de baixar a temperatura, e isso é uma tarefa que depende de todos nós. Temos que estar focados no nosso inimigo comum que é o coronavírus”, afirmou Dias.
Já o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), destacou que é necessário consolidar um cronograma nacional para as vacinas e um orçamento direcionado para assegurar abertura e manutenção de leitos hospitalares.
“[Há] necessidade de um cronograma mais avançado para as vacinas, orçamento para leitos. O presidente [da Câmara, Arthur Lira] se comprometeu a votar rapidamente os temas relacionados à covid, em relação às medidas provisórias dando prioridade para as votações do Congresso Nacional”, argumentou Casagrande.
(Agência Brasil)