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Mesmo criticada, Bia Kicis deve ser confirmada no comando da CCJ

A Câmara deve definir nesta quinta-feira (4) o comando das 25 comissões permanentes que funcionam na Casa. A grande expectativa fica por conta da confirmação da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) na presidência da principal delas, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é responsável por avaliar aspectos legais e regimentais de projetos e emendas que entram em discussão. Desde que passou a ser especulado, o nome da parlamentar foi intensamente criticado, principalmente pelo fato de Bia Kicis ser investigada nos inquéritos instaurados pelo STF sobre os atos antidemocráticos e sobre a disseminação de fake news e ameaças contra ministros da Corte. Além disso, a fervorosa defensora do presidente Jair Bolsonaro tem se posicionado contra medidas mais rígidas no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, como o lockdown e até mesmo o uso de máscara.

Por que é importante

As comissões são responsáveis pela discussão e votação de projetos de lei, conforme sua área de abrangência. A maioria das matérias em análise na Câmara tem tramitação conclusiva no colegiados. Ou seja, não precisam ser apreciados no plenário

Quem ganha

O corporativismo. Mesmo diante das críticas, os líderes partidários avaliam que interferir na escolha do comando da CCJ poderia embaralhar a regra da proporcionalidade e afetar a composição de todas as outras comissões

Quem perde

O bom senso e a coerência, já que a comissão que preza por avaliar a constitucionalidade dos projetos será liderada por uma deputada que ataca o STF

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