Governadores pressionam Pazzuello
A vacinação lenta, a lotação da UTIs e a falta de políticas claras e unificadas para a contenção da pandemia levaram ao surgimento de uma tentativa de política dos governadores contra a covid. Na segunda-feira (8), 21 dos 26 governadores farão uma reunião virtual com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (imagem), para obter informações e compromissos mais claros do governo. Líder do grupo, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT) defende a adoção de uma “experiência” de lockdown nacional até o próximo domingo (14), para conter a dissseminação da doença.
Remédios mais promissores
No momemto só há dois remédios promissores, o molnupiravir e o lopinavir-ritonavir. Depois que as duas vacinas experimentais da Merck não apresentaram resultados satisfatórios, a empresa passou a apostar no antiviral experimental molnupiravir. Os estudos da fase 2 devem ser concluídos em maio e, para a fase 3, precisarão ser testados em pacientes infectados em diferentes populações e faixas etárias ao redor do mundo. O medicamento atua de modo similar ao oseltamivir (tamiflu), usado durante a pandemia de H1N1. No Brasil, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná participa das pesquisas. Desenvolvido pelo grupo Recovery Trial, lopinavir-ritonavir pode reduzir a carga viral em pacientes em estado grave. Outras substâncias estão em estudo, mas estão são as de conhecimento público em fase mais adiantada.
Ernesto tomou uma dura
O chanceler Ernesto Araújo, que lidera a comitiva brasileira em Israel, recebeu uma reprimenda diante das câmeras por parte do chanceler Gabi Ashkenazi. Convidado a posar para uma foto diante da imprensa, ao final da apresentação, Ashkenazi pediu que Araújo também cobrisse o rosto. Os brasileiros foram acompanhar parte do desenvolvimento de um medicamento na forma de spray nasal e tentar fechar parcerias para vacinas e tratamentos contra a covid-19. Todos os brasileiros tiveram que fazer testes para a doença para entrar em Israel.
Atrasos mudam o cronograma de março
No pior mês da pandemia no Brasil, com a média móvel semanal prestes a atingir 1,5 mil mortes diárias, o Brasil também vai sofrer com atrasos na entrega das vacinas previstas para chegar em março. Dos 37,4 milhões de doses previstas, só 30 milhões devem chegar – uma queda de 20%.
Confira os 30 milhões de doses previstas:
- 23,3 milhões da CoronaVac (22,7 milhões + 600 mil doses residuais de fevereiro) em remessas semanais;
- 3,8 milhões da Covishield, da AstraZeneca/Oxford, produzidas pela Fiocruz na segunda quinzena do mês;
- 2,9 milhões de doses da Covishield, da AstraZeneca/Oxford, adquiridos por meio do consórcio Covax Facility, da OMS.
- Obs.: 8 milhões de doses da Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, por falta de autorização da Anvisa.
Painel Coronavírus
Dados atualizados em 07/03/21 – 19h20
Vacinados
- 300,1 milhões no mundo * (4,01% da população)
- 10,93 milhões no Brasil * (5,17% da população)
* Considerando as duas doses
Leitos de UTI
- Mais de 87% de ocupação total em 26 estados brasileiros e no DF *
- 100% de ocupação no Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina;
- 98% no Paraná;
- 97% no DF;
- 97% em Goiás;
- 94% em Pernambuco;
- 93% no Ceará;
- 81% em Alagoas;
- 76% no Pará;
- 75% na Bahia;
- 71% Roraima;
- 5% na Paraíba;
- 80% no estado de São Paulo;
- 96% em Campo Grande e Dourados, as maiores cidades do Mato Grosso do Sul;
- 94% nas capitais São Luiz (MA) e Natal (RN);
- 93% na cidade do Rio (RJ);
- 81% em Belo Horizonte;
- 72% em Aracaju (SE).
* Não há uma contagem sistemática e centralizada dos leitos de UTI disponíveis nas redes pública e privada do país. O levantamento de MR é baseado nas informações veiculadas na imprensa
Casos confirmados
• 11.019.344 – acumulado
• 80.508 – casos novos
• 9.757.178 – casos recuperados
• 996.755 – em acompanhamento
• 5.243,6 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Óbitos confirmados
• 265.411 – óbitos acumulados
• 1.086 – óbitos novos
• 2,4% – Letalidade
• 126,3 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa e Universidade Johns Hopkins (EUA) / Fiocruz