Em uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada na noite de sexta-feira (12), o ex-governador de Minas Gerais e atual deputado federal, Aécio Neves (PSDB), explicou que os tucanos não irão pela via do radicalismo. O partido busca ser ou apoiar uma terceira via entre o ex-presidente Lula e o atual presidente Jair Bolsonaro em 2022. A afirmação de Aécio reitera a entrevista que o senador tucano Tasso Jereissati deu ao jornal Valor Econômico, na qual, afirmou que o centro é necessário para “desmontar a polarização”.
Entretanto, o deputado alfinetou a inexperiência política do governador paulista e João Doria (PSDB). “Ninguém será candidato pela imposição. É uma construção. Não se constrói uma candidatura como se preside uma reunião do Lide [grupo empresarial de Doria] dizendo quem pode falar e quem deve calar” criticou. Ele apresentou uma frente ampla com nomes que vão desde Ciro Gomes, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), até o apresentador Luciano Huck – que não tem experiência política. “O que o PSDB precisa colocar na balança é a possibilidade de não ter candidatura à Presidência”, explicou Aécio Neves.
Vale lembrar que em 17 de outubro ocorre a prévia do PSDB. Momento em que o partido define seu candidato ao Planalto para 2022.