Em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (15), o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tentou justificar suas ações à frente da pasta. No mesmo momento, o presidente Jair Bolsonaro conversava com o cardiologista Marcelo Queiroga, cotado para o seu cargo depois da desistência da cardiologista Ludhmila Hajjar por alegados “motivos técnicos”. As declarações do ministro não condizem com a realidade. Confira:
“O SUS não colapsou em 2020 e foi colocado à prova em 2021”
Faltam leitos de UTI em todo o território nacional. É um colapso
“O cronograma previsto é alterado quando um imprevisto acontece”
Ou há cronograma ou não há. Em caso de alteração, deveria existir um plano B
“Atraso do IFA por 40 dias no início de fevereiro. Não há justificativa do governo chinês quanto ao atraso da entrega”
É preciso lembrar que o governo brasileiro demorou para fechar acordos para a compra de insumos, além de ter criado animosidades com a China
“A estratégia de produzir a vacina em território nacional é a nossa maior vitória”
O governo federal só fechou um acordo com a AstraZeneca depois que o governo de São Paulo se entendeu com a Sinovac para produzir vacinas no Instituto Butantan
“O que o ministério tem a ver com a produção e distribuição de oxigênio? Nós somos os clientes”
Diante de uma crise nacional, o governo mostrou incompetência e descaso ao ignorar os alertas da principal empresa fornecedora de um produto fundamental
“O presidente está pensando em substituição, mas será uma continuidade e não um rompimento. Eu continuarei ajudando quem quer que ocupe o Ministério”
Se for para continuar assim, mudar para quê?
“Eu não vou pedir para ir embora, não é minha característica. Isso não é uma brincadeira, é um país e uma pandemia. Haverá uma substituição ou não? Cabe ao presidente”
Lavou as mãos diante do trabalho que não soube conduzir
“A partir de maio, todas as outras idades começarão a ser imunizadas”
Diante de tantos e sucessivos atrasos, difícil acreditar
“Quatro grandes eixos do Ministério da Saúde: atenção básica à saúde com tratamento médico adequado e a utilização de medicamentos “off label”; disponibilização de leitos para o tratamento de pacientes; vacinação em massa; fortalecimento da vigilância epidemiológica com testes para covid-19, uso de máscara e higiene das mãos”
Na devida ordem: o governo incentiva o uso de remédios sem eficácia comprovada; parte dos repasses emergenciais para o SUS foram cancelados no início do ano; a vacinação está atrasada e se mantém lenta; grande lotes de testes para covid não foram usados e vão vencer, enquanto o presidente não usa máscara e participa de aglomerações