O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgado nesta segunda-feira (22) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 1,5% em março e manteve a tendência observada desde o começo do ano. A queda reflete as dificuldades motivadas pela demora na vacinação da população, no pagamento dos benefícios sociais e em razão de a economia ainda não engatado um movimento de retomada. “A implementação de medidas restritivas e indefinições sobre o novo auxílio emergencial respondem por essa desconfiança do setor. A dependência do varejo presencial ainda é grande, apesar dos avanços na digitalização. Esperamos que haja uma agilidade em relação à vacinação, que é o mais urgente no momento. Mas precisamos também de salvaguardas econômicas e sociais”, observou o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Em março, o Icec caiu para 103,6 pontos, mantendo-se na zona superior a 100 pontos, o que reflete relativa satisfação. Os dados, porém, apontam o terceiro sinal negativo no ano e o quarto consecutivo, considerando que em dezembro também houve queda. Na comparação com março de 2020, o indicador da confiança do setor recuou 19,3%. Em relação a outros trimestres, a performance deste começo de ano foi de forte contração (-5,1%). Nos últimos 10 anos, só perdeu para 2014 (-7,6%) e 2015 (-14,2%). Todos os três componentes do índice apresentaram queda no mês março, com destaque para o que avalia as condições atuais (-4,1%), derrubando a média geral do Icec.