O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou o tom de seus discurso sobre o Mercosul. Em vez de críticas, defendeu a modernização do pacto. Para ele, a peça central é a atualização da Tarifa Externa Comum (TEC), cuja a alíquota está em discussão desde 2019. Na companhia do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do chanceler, Ernesto Araújo (imagem), ele fez a afirmação durante uma reunião virtual pelo aniversário de 30 anos do tratado, nesta sexta-feira (26).

A TEC é um conjunto de tarifas cobradas sobre a importação de produtos e serviços dos integrantes do bloco econômico. O objetivo é estimular a competitividade. A tarifa tem uma estrutura de 11 níveis de alíquotas que variam de 0% até 20%.

Para Bolsonaro, também há espaço para aprofundar a integração regional entre os países, a partir da redução de barreiras não-tarifárias e da incorporação de setores que ainda não fazem parte do comércio intrabloco.

Acordo externos

Em abril, os ministros do economia do Mercosul vão tratar das negociações externas do bloco. O presidente explicou que é necessário o empenho em atrair investimentos externos que gerem emprego e renda. A economias devem participar cada vez mais das novas cadeias regionais e mundiais de valor, em especial neste momento para superar os danos causados pela pandemia.

Mercosul

De 2011 a 2020, o Brasil abriu um saldo positivo de US$ 54,9 bilhões com os países do grupo. Neste período, o superávit comercial perdeu apenas para a China, para onde o Brasil exportou US$ 158,3 bilhões a mais do que importou. No âmbito internacional, o Mercosul vende 63% da soja mundial e, em conjunto, é o maior exportador de carnes bovina e de frango, milho, café e ferro, bem como o oitavo maior produtor mundial de automóveis. O produto interno bruto (PIB) do bloco atingiu US$ 4,46 trilhões em 2019.

(Com Agência Brasil)