O ex-senador mineiro Clésio Andrade (imagem), 68 anos, confirmou que esteve na vacinação clandestina que reuniu pelo menos 57 pessoas numa das garagens das empresas da família Lessa, em Belo Horizonte (MG), em 23 de março. Empresários do setor de transportes, os irmãos Robson e Rômulo Lessa admitiram à Polícia Federal (PF) que organizaram a reunião, onde foi cobrado R$ 600 por pessoa. O caso foi revelado pela revista Piauí, que obteve vídeos. O detalhe é que tudo indica que se tratava de um golpe. As pessoas podem ter pago para receber soro fisiológico intravenoso no músculo do braço.
Ao portal G1, nesta quarta-feira (1º), o ex-senador explicou que não foi inoculado, apenas acompanhou um irmão, cujo nome consta numa lista encontrada no local. Andrade diz que irá receber sua segunda dose pelo Sistema Único de Saúde (SUS) daqui duas semanas, pois recebeu sua primeira dose na terça-feira (30), em um posto de saúde. Ele até questionou a aplicação clandestina “Parece que foi soro, fraude. É isto?”. Não há indício que ele tenha recebido o inoculante, falsificado ou não.
Andrade deve ser ouvido pela PF na próxima semana. Os agente federais apuram se os produtos foram desviados do Ministério da Saúde ou comprados ilegalmente. Entre o material encontrado havia apenas soro e invólucros sem rótulo. O esquema teria partido de uma cuidadora de idosos que se identifica com enfermeira. Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas está presa desde terça-feira (30).
