PEQUIM (Reuters) – O diplomata mais graduado da China espera que as reuniões planejadas entre o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, e os presidentes da Coreia do Sul e dos Estados Unidos “desarmem” a situação na península coreana.
Após uma reunião com o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em Moscou, o Conselheiro de Estado chinês Wang Yi disse esperar que as cúpulas reconduzam a questão do programa nuclear norte-coreano à esfera do diálogo e das negociações.
“Todos nós saudamos e apoiamos o progresso aparente na situação na península e valorizamos os esforços de todas as partes”, disse Wang, que também é chanceler da China, na quinta-feira em comentários publicados no site de seu ministério.
Ele acrescentou que espera que os três líderes aproveitem a oportunidade para apaziguar completamente a situação.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o norte-americano, Donald Trump, concordaram em se encontrar com Kim. Trump trocou farpas com o líder norte-coreano em várias ocasiões desde que assumiu o cargo devido ao fato de Pyongyang estar desenvolvendo armas nucleares capazes de atingir os EUA.
A Coreia do Norte está “sufocando” sob as sanções internacionais, disse Nikki Haley, embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU), na quinta-feira, acrescentando: “Eles precisam de uma saída”.
Discursando na Universidade Duke, na Carolina do Norte, Haley disse: “Quando o presidente enfim conversar com Kim, a conversa tem quer ser sobre a desnuclearização. Não parte dela, mas toda ela. Não queremos que um ator irresponsável tenha armas nucleares”.
“Mas estamos entrando nisso muito cautelosamente, sabendo bem que ele analisou o acordo com o Irã, viu o que pode conseguir e viu como pode aproveitar brechas, e não deixaremos isso acontecer novamente”.
No mês passado a China disse ter obtido uma promessa de Kim, que fez uma visita-surpresa a Pequim para conversar com o presidente chinês, Xi Jinping, de desnuclearizar a península coreana.
A China e a Rússia são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que impôs sanções à Coreia do Norte para forçar negociações com Pyongyang.
A tensão na península se amenizou após uma intensificação das atividades diplomáticas na véspera da Olimpíada de Inverno realizada na Coreia do Sul.