O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (imagem), fez um pedido à comunidade internacional para que sejam doados imunizantes pelos países que possuam doses extras a fim de acelerar a campanha brasileira. O apelo foi feito durante uma coletiva de imprensa com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta sexta-feira (30).
Queiroga lembrou que há pouco mais de um mês, ao assumir a pasta, se comprometeu em acelerar a campanha de vacinação e ressaltou que o SUS tem capacidade para atender 2,4 milhões de pessoas por dia, no que seria o “maior programa público de vacinação do mundo”. Porém, a há problemas graves de abastecimento. Queiroga explicou que o Brasil tem reserva de mais de 500 milhões de doses e que o governo federal gastou US$ 150 milhões para o Consórcio Covax. Todavia, não explicou o motivo da escolha pela quantidade mínima, suficiente para apenas 10% da população. Apesar disso, a coletiva entre a OMS e o governo federal representou uma mudança de postura do Planalto diante do organismo internacional.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que a atenção do mundo está voltada para a Índia, porém há outros países. como o Brasil, com intensa transmissão. “Os casos agora diminuíram por quatro semanas seguidas, entre hospitalizações e mortes. São boas notícias, esperamos que continuem. Mas a pandemia nos ensinou que nenhum país pode baixar a guarda”, afirmou Adhanom.