A CPI da Pandemia deve votar nesta quarta-feira (26) convites para depoimentos de governadores e prefeitos, além de um novo depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A informação foi confirmada pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), após a reunião de terça-feira (25). De acordo com o presidente, a convocação dos governadores não representa uma mudança de estratégia ou de rumo na investigação, apenas o cumprimento de uma cronologia que já havia sido acertada.
“Não estamos fugindo da CPI, só estamos fazendo aquilo que um dos requerimentos da CPI nos manda fazer. Há um requerimento assinado por 45 senadores que pede para que a gente investigue recursos do governo federal que foram enviados aos estados”, explicou o presidente.
Devem ser votados requerimentos para as convocações de nove governadores e ex-governadores e de 12 prefeitos e ex-prefeitos. Entre os nomes confirmados por Omar Aziz entre os requerimentos estão o do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o do ex-governador do estado Wilson Witzel, que sofreu impeachment após ser acusado de crime de responsabilidade nas contratações da secretaria de Saúde para enfrentamento da pandemia de covid-19. Outro nome confirmado pelo presidente foi o do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
De acordo com Omar Aziz, não haverá “diferença de tratamento” da CPI com os governadores e prefeitos a serem convocados. Ele afirmou que as datas dos depoimentos ainda não estão definidas e serão marcadas após a aprovação. Até o dia 17 de junho, a CPI já tem uma agenda de depoimentos, então os novos depoimentos serão marcados para após essa data.
“A ordem eu não consigo dizer agora. Nós temos ainda dois meses, 60 dias, e a pressa é a vacina. A vacina é mais importante neste momento”, disse Omar.
“Novo rumo”
Para o senador Marcos Rogério (DEM-RO), da base aliada do governo, a convocação dos governadores representará uma nova fase da CPI. Para ele, é preciso acabar com a “farsa da oposição”, que segundo ele tem reduzido a CPI a temas como a cloroquina, a carta da empresa Pfizer com a proposta de vacinas para o Brasil e o suposto gabinete paralelo da saúde.
“Penso que a grande novidade para a sessão é a pauta de requerimentos que prevê a convocação de prefeitos, ex-prefeitos e governadores. Acho que esse é o grande avanço”, disse o senador.
Da Agência Senado