Ritmos e faixas diferentes
A diferença na velocidade e na regularidade da campanha de vacinação nas capitais já se tornou claramente visível. Um levantamento do UOL mostrou quem deveria ser imunizado neste sábado (26). Belo Horizonte (MG) e Palmas (TO) ainda atendem o publico com 53 anos ou mais, enquanto São Luís (MA) já cuida do pessoal a partir dos 18 anos.
Qual é a faixa etária vacinada em cada capital:
- Belo Horizonte e Palmas: 53 anos ou mais;
- Cuiabá: 50 anos ou mais;
- Porto Alegre e Teresina: 49 anos ou mais;
- Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba: 48 anos ou mais;
- São Paulo, Florianópolis e Natal: 47 anos ou mais;
- Salvador, Goiânia, João Pessoa, Porto Velho e Macapá: 45 anos ou mais;
- Campo Grande e Maceió: 44 anos ou mais;
- Recife e Boa Vista: 43 anos ou mais;
- Belém e Aracaju: 39 anos ou mais;
- Fortaleza e Rio Branco: 37 anos ou mais;
- Vitória: 35 anos ou mais;
- Manaus: 32 anos ou mais;
- São Luís: 18 anos ou mais.
Rio em risco baixo
O estado do Rio de Janeiro se manteve na bandeira amarela, o que significa risco baixo para a covid-19, de acordo com a 36ª edição do Mapa de Risco da doença, divulgado na noite desta sexta-feira (25) pela Secretaria Estadual de Saúde. Esta é a segunda semana seguida em que o estado se mantém com risco baixo. No mapa divulgado em 11 de junho, o Rio estava em bandeira laranja, com risco moderado. No mapa de ontem (abaixo), duas das nove regiões do estado aparecem com bandeira vermelha (risco alto): Noroeste e Baía de Ilha Grande, enquanto duas estão com bandeira laranja: Região Metropolitana I (que inclui a capital e a Baixada Fluminense) e Centro-Sul. As demais estão com bandeira amarela, sendo que nenhuma aparece listada com bandeira verde (risco muito baixo) ou roxa (risco muito alto).
O que MONEY REPORT publicou hoje
- Exame: cúpula da CPI quer acionar STF por crime de prevaricação de Bolsonaro
- Mais 942 mil doses da vacina da Janssem chegam ao Brasil
- Rio começa a distribuir vacinas da Janssen
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Informe publicitário
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Pastores interferem na vacinação indígena
Desde janeiro, líderes indígenas reclamam da interferência de missionários evangélicos, que espalham mentiras nas aldeias para impedir a vacinação. As alegações são do mais puro obscurantismo. Alguns dizem que chips serão implantados, outros, que os imunizantes vai transformar todos em homossexuais e animais marcados pelo diabo. O caso foi denunciado à CPI da Covid. No município de Santo Antônio do Içá, no Alto Solimões, no oeste do Amazonas, os relatos foram confirmados por Milena Kokama, 63, vice-presidente da Federação Indígena do Povo Kokama. Ela disse que o problema é constante. Na maior concentração de povos isolados do mundo, no Vale do Javari, aldeias inteiras recusaram as vacinas e técnicos de saúde foram impedidos de trabalhar. Em janeiro, Beto Marubo, da União dos Povos Indígenas do Vale do Yavarí, já havia denunciado a presença de negacionistas em aldeias perto da fronteira com o Peru. Nas contas do Comitê Nacional da Vida e Memória Indígena, formado por líderes e especialistas em saúde, entre os cerca de 1,3 milhão de indígenas brasileiros, 54.438 foram infectados e 1.072 morreram de covid-19 desde o início da pandemia.
Chile x EUA: velocidade na campanha e isolamento salvam vidas
Não adianta só vacinar a população com velocidade para barrar a disseminação do vírus. É preciso limitar a circulação de pessoas, manter um ritmo constante no trabalho, respeitar normas de distanciamento e ter imunizantes efetivos, indicam os dados comparativos entre Chile e Estados Unidos, que têm suas campanhas avançadas, mas com resultados diferentes. Um levantamento do portal G1 baseado na plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford, comparou o desempenho das campanhas, apontando soluções e erros baseados em estatísticas. Chile e EUA começaram a vacinar com apenas dez dias de diferença, em dezembro, e possuem índices próximos de imunizados (52% e 45%, respectivamente), apesar disso, a doença segue no país sul-americano. Mesmo com uma população de 330 milhões, contra 19 milhões no Chile, nos EUA a campanha é constante e intensa, impedindo o vírus de proliferar. Outro ponto é a mobilidade. Dados do Google indicaram que os chilenos aumentaram suas presenças no comércio, locais de trabalho e no transporte público de modo constante a partir de novembro, antes do início da campanha de vacinação, ficando mais expostos. Já os americanos só voltaram a sair com mais constância a partir de março. As mortes começam a cair lentamente nos EUA a partir de janeiro, enquanto no Chile só cresceram.
Sydney em lockdown exemplar
A principal cidade australiana, Sydney, entrou em lockdown deste sábado (26) até sexta-feira (9). Foram registrados 12 novos casos, o que fez o governo decretar a região inteira um hotspot. Como quase todos devem permanecer em casa, a partir da semana que vem será possível receber o auxílio estatal para casos de desastre. O primeiro-ministro, Scott Morrison, disse que a decisão foi “difícil”, mas “necessária”, elogiando a rapidez da resposta do governo da província de Nova Gales do Sul. A Austrália é exemplo na aplicação de medidas de distanciamento social e de fechamento de fronteiras. Com 30.424 registros e 910 óbitos, o país iniciou sua campanha de vacinação em 15 de fevereiro – relativamente tarde. Do primeiro dia até agora, ocorreram 524 infecções e, de 27 de dezembro até 24 de junho, só duas pessoas morreram por causa do novo coronavírus.
Painel Coronavírus
Vacinados (cumulativos)
• 2,84 bilhões no mundo (38,35% da população)
• 92,92 milhões no Brasil (44% da população)
Segunda dose *
• 744,15 milhões no mundo (10,4% da população)
• 24,75 milhões de brasileiros (11,60% da população)
* dados aproximados
Leitos de UTI *
• 79% de ocupação total em 18 estados brasileiros e o DF
* Não há uma contagem sistemática e centralizada dos leitos de UTI disponíveis nas redes pública e privada do país. O levantamento de MR é baseado nas informações veiculadas na imprensa
Casos confirmados no Brasil
• 18.386.894 – acumulado
• 64.134– novos infectados
• 16.5082.053 – recuperados
• 1.292.106 – em acompanhamento
• 8.749,5 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 512.735 – óbitos acumulados
• 1.593 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 244 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados atualizados em 25/06/21 – 19h30
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz