A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30), mostrou que a taxa de desocupação no país ficou em 14,7% no trimestre encerrado em abril – 0,4 ponto percentual acima do trimestre finalizado em janeiro (14,2%). Com isso, o número de desempregados variou 3,4%, com mais 489 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões na fila por um posto de trabalho no país. Essa taxa e o contingente mantêm o recorde registrado no trimestre fechado em março, o maior da série desde 2012.
O IBGE apontou também que o cenário no período foi de estabilidade da população ocupada (85,9 milhões) e do nível de ocupação (48,5%). Já a taxa de informalidade foi de 39,8% no trimestre até abril, o que equivale a 34,2 milhões de pessoas, não havendo variação significativa em relação ao trimestre imediatamente anterior (39,7%).
Outro destaque da PNAD foi a alta no total de pessoas subutilizadas, que são aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial. Esse contingente chegou a 33,3 milhões, o maior da série comparável, um aumento de 2,7% com mais 872 mil pessoas. A taxa de 29,7% também foi recorde, uma variação de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (29,0%).
Os desalentados, que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, somaram 6,0 milhões de pessoas no período fechado em abril, ficando estáveis em relação ao recorte encerrado em janeiro, mas permanecem como maior patamar da série.