Protegido por um habeas corpus concedido pelo ministro Roberto Barroso, do STF, o empresário Carlos Wizard Martins decidiu não responder aos questionamentos da CPI da Pandemia. Wizard é considerado investigado pela comissão pela suposta participação no gabinete paralelo que orientaria o presidente Jair Bolsonaro nas decisões de enfrentamento à crise sanitária. O grupo informal teria acesso facilitado ao Palácio do Planalto, contrariaria as posições do Ministério da Saúde e teria atuado diretamente na propagação do chamado “tratamento precoce”, com o uso de medicamentos ineficazes. O empresário conduziu sua fala nesta quarta-feira (30) negando aos senadores qualquer irregularidade nas conversas que teve principalmente com o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o presidente Jair Bolsonaro. Ao final de sua exposição, Wizard afirmou que iria usar o direito garantido pela Corte de permanecer em silêncio.