O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), determinou nesta terça-feira (6) a retirada do sigilo do telefone celular do policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que seria representante da Davati Medical Supply e relatou ter recebido uma oferta de propina ao negociar 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com o Ministério da Saúde. A decisão de Aziz atendeu a uma questão de ordem do senador Rogério Carvalho (PT-SE), que argumentou que o segredo sobre o conteúdo não havia sido requerido pela comissão quando o aparelho de Dominguetti foi retido. O movimento favorece parlamentares da oposição e independentes que buscam eventuais contatos entre o PM e integrantes do governo. Em outra manifestação, Aziz garantiu que a CPI vai continuar em funcionamento durante o recesso parlamentar, marcado para começar em 18 de julho. “Nós não temos o direito de tirar férias enquanto pessoas estão morrendo. Agora não dá para tirar férias com pessoas sendo vítimas da covid pelo negacionismo, pela falta de espírito público”, afirmou. A paralisação dos trabalhos contribuiria para esfriar a ofensiva contra o governo, principalmente em um momento em que se apura indícios de corrupção.