Os Jogos Olímpicos de Tóquio vão ocorrer com um ano de atraso por causa da pandemia, mas o que deveria ser motivo de comemoração se tornou alvo de críticas da sociedade japonesa. Há descontrole no ritmo das infecções e as delegações de outros países que chegam ao Japão estão em risco e também podem disseminar novas cepas do coronavírus. Por isso, a Toyota não divulgará qualquer campanha relacionada ao torneio, mesmo sendo uma das principais patrocinadoras. O CEO da montadora, Akio Toyoda (abaixo), não comparecerá à cerimônia de abertura na sexta-feira (23).
A decisão da Toyota representa um golpe ao evento e uma desonra ao comitê organizador local, mesmo com a manutenção dos compromissos financeiros firmados com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Paralímpico Internacional.
Outro duro golpe veio do imperador japonês Naruhito, que em 24 de junho afirmou estar preocupado com o aumento das contaminações. Mesmo sem poder político, sua opinião tem peso por ser uma figura respeitada pela sociedade.
Contaminações no Japão
- 18 de junho: 1.636 casos novos
- 18 de julho: 3.408 casos novos
- Alta de 108,3%
- Acumulado: 842 mil casos
Mortes
- 18 de junho: 48 mortes novas
- 18 de julho: 3 mortes novas
- queda de 93,75%
- Acumulado: 14.993 óbitos
Vacinação
- Foram imunizados totalmente 21,7% da população até 18 de julho