A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (21) duas operações para investigar contratações feitas em 2020 na cidade de Guarulhos (SP) para combate à pandemia. Na Operação Covil-19 são investigadas suspeitas de irregularidades na contratação de empresas privadas e organização social para a prestação de serviços no hospital de campanha instalado na cidade em março do ano passado, ao custo de mais de R$ 53 milhões.
Na Operação Florença, segunda fase da Operação Veneza, a PF aprofunda a investigação sobre fraudes na aquisição de máscaras pela prefeitura da cidade, com a utilização de recursos federais. Parte desses valores foi repassada para uma microempresa sediada em Minas Gerais, mas os valores se mostravam incompatíveis com sua capacidade econômica.
Os mandados foram cumpridos em residências, empresas e órgãos públicos nas cidades paulistas de Artur Nogueira, Campinas, Guarulhos, São Paulo, Monte Mor e São Caetano do Sul, na sul-matogrossense Três Lagoas e na mineira Teófilo Oton. Os crimes apurados são os de fraudes às licitações, associação criminosa, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. O passo agora é aprofundar a análise para verificar o caminho do dinheiro, descobrir e responsabilizar os participantes.
“Os seis contratos tinham como objeto serviços diversos desde montagem da estrutura, fornecimento de serviços médicos, alimentação, locação de equipamentos, unidades móveis e transporte, dentre outros. As principais irregularidades eram fraudes nas licitações, já que todos os contratos foram firmados por dispensa de licitação, o que traz indício de direcionamento e participação de empresas fictícias e sem capacidade econômica, expertise, técnica mínima para funcionar, sobrepreço e sobreposição de contrato”, explicou o delegado de repressão a corrupção e crimes financeiros, Fabricio Alonso Martinez.
(com Agência Brasil)