Nova etapa do projeto S
O Instituto Butantan iniciará uma nova fase do projeto S, em Serrana, interior de São Paulo, neste sábado (24). O objetivo agora é avaliar se os imunizados com duas doses de CoronaVac apresentam resposta imune de longo prazo. As mortes pela doença na cidade caíram 95%, as internações, 86%, e os casos sintomáticos, 80%. Serão coletadas amostras de sangue de voluntários adultos e idosos imunizados nas fases iniciais do projeto. Os pesquisadores vão considerar como o envelhecimento do sistema imunológico impacta na reação ao vírus.
Inception da CPI nos e-mails sobre cloroquina
Documentos obtidos pela CPI da Pandemia revelaram que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, organizou, uma reunião fora da agenda oficial, em junho de 2020, com o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) – que é integrante da comissão – para tratar da distribuição de hidroxicloroquina por hospitais militares para o tratamento do coronavírus, medicamento comprovadamente ineficaz. Os detalhes constam na quebra do sigilo telemático de Pazuello. Em seu depoimento à comissão, Pazuello negou que tenha incentivado ou recomendado a cloroquina. Procurado pelo jornal O Globo nesta sexta-feira (23), Pazuello não se pronunciou. Girão confirmou a reunião em 3 de junho, que teria contato com outras pessoas. O parlamentar citou que, como integrante da CPI, votou a favor da quebra dos sigilos do ex-ministro.
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O tango da Sputnik
A Argentina, um dos primeiros países a usar amplamente a Sputnik V, aumentou a pressão sobre Moscou e ameaçou romper o contrato de compra por atrasos na chegada de doses. As demoras começaram a comprometer a campanha do país vizinho. Em uma carta ao Fundo Russo de Investimento (RDIF, na sigla em inglês), em 7 de julho, divulgada pelo jornal La Nación, o governo Fernández reclama de 7 meses de atrasos e cita a possibilidade de rompimento. A Argentina testa misturas de vacinas para substituir as segundas doses. O acordo com a Rússia garantiria cerca de 30 milhões de doses, mas só chegaram 9,37 milhões.
Moderna a partir dos 12 anos
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) ampliou nesta sexta-feira (23) a recomendação da Moderna para adolescentes entre 12 e 17 anos. No bloco, o imunizante era autorizado apenas para maiores de 18 anos. A reguladora estabeleceu para essa faixa as mesmas indicações dos adultos, ou seja, duas doses em um intervalo de 4 semanas. Foram pesquisados mais de 3,7 mil jovens entre 12 e 17 anos, nos quais a vacina produziu resposta imunológica adequada. Até agora, a vacina da Pfizer era a única opção para crianças a partir dos 12 anos nos Estados Unidos e Europa. A Administração de Alimentos e Drogas (FDA, na sigla em inglês), dos EUA, considera estender o uso da Moderna para adolescentes.
Os americanos desconfiados
Os 35% de americanos adultos que não se vacinaram provavelmente seguirão assim, apurou uma pesquisa da agência de notícias AP. O levantamento mostra que 64% desses americanos não vacinados têm pouca ou nenhuma confiança na eficácia contra variante. A Casa Branca enfrenta incertezas com a cepa delta, que se espalha nos estados do Sul e Meio-Oeste americano. O estudo foi feito entre 15 e 19 de julho com 1.308 adultos.
A cepa que dá medo
Um tweet de Larry Levitt, vice-presidente executivo de políticas de saúde da Kaiser Family Foundation, sugere, a partir de dados do CDC, dos EUA, que o temor em relação à cepa delta aumentou ligeiramente a busca por proteção.
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Informe publicitário
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Prefeito de NY faz exigências
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, pediu aos empregadores da rede privada da cidade que exijam que seus funcionários tomem as vacinas. Na semana passada, o governo anunciou que os funcionários dos hospitais públicos precisariam ser vacinados ou fazer um teste PCR semanal. Blasio disse estar frustrado, pois nova-iorquinos haviam se recusaram a ser atendidos em casa em um esforço para ampliar a campanha de vacinação.
Precisa perde contrato com a Bharat Biotech
O laboratório indiano fabricante da Covaxin, Bharat Biotech, anunciou nesta sexta-feira (23) a extinção imediata do memorando de entendimento assinado com a Precisa Medicamentos para comercialização no Brasil do imunizante. Em comunicado, a empresa indiana afirmou que, apesar do fim do acordo, continuará a trabalhar com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para completar o processo de aprovação regulatória no Brasil. A decisão ocorre após a empresa brasileira ser investigada pela CPI da Pandemia por suspeitas de irregularidades.
Doses ficam como estão
A Anvisa afirmou em comunicado, nesta sexta-feira (23), que ainda não há evidências suficientes para uma recomendação de uma terceira dose de reforço aos imunizantes administrados na população. A discussão e os estudos começaram diante do surgimento e circulação de variantes mais contagiosas.
Delta vai prevalecer no Rio
O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, afirmou nesta sexta-feira (23) que a variante delta deve ser predominante na capital em breve. Segundo ele, na maioria dos países em que a delta entrou, a circulação foi muito rápida mas, apesar de ser mais transmissível, há hipótese de que seja menos letal, o que ainda é analisado por pesquisadores no Brasil e no exterior.
Painel Coronavírus
Vacinados
• 3,80 bilhões no mundo (50,66% da população)
• 130,43 milhões no Brasil (61,23% da população)
* primeira dose ou dose única
Segunda dose *
• 1,04 bilhão mundo (13,4% da população)
• 36,84 milhões de brasileiros (17,3% da população)
*dados aproximados
Casos confirmados no Brasil
• 19.632.443 – acumulado
• 18.331.462 – recuperados
• 752.641 – em acompanhamento
• 108.732 – novos infectados
• 9342,2 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 548.340 – óbitos acumulados
• 1.324 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 260,9 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados atualizados em 23/07/21 – 19h30
Fontes: Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde e Universidade Johns Hopkins (EUA)