Mark Zuckerberg reiterou recentemente que pretende mirar na realidade virtual para o futuro da empresa, mas principais resultados do Facebook ainda estão no mercado de publicidade
Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, afirmou a seus funcionários, no final de junho, que as ambições da empresa iam muito além de ser uma companhia que desenvolve redes sociais e alguns aparelhos de hardware que permitem conectar as pessoas.
O executivo disse que o futuro do Facebook está em ser uma empresa do “metaverso” — um experimento da ficção científica, misturando realidade aumentada e virtual com o mundo real.
Quando divulgar os resultados do segundo trimestre nesta quarta-feira, 28, a realidade ainda deve se mostrar um pouco mais palpável para a gigante de tecnologia. O Facebook deve falar um pouco de como tem auxiliado empresas a se estabelecer na rede social e usar sua plataforma para realizar atendimento a clientes — algo que foi central na F8, a conferência de desenvolvedores que realizou em junho.
A empresa aposta em ser parceira de outras companhias para distribuir tecnologia e atendimento via redes sociais e chat, seja no Instagram ou no WhatsApp. Com bilhões de usuários e um alcance global, a mudança de foco e a aproximação do mercado empresarial é uma saída para o Facebook lidar com a crescente pressão regulatória.
Recentemente, o presidente americano Joe Biden criticou ue a empresa não está fazendo o suficiente para suprimir conteúdo anti-vacina das redes sociais e que isso estaria prejudicando a imunização dos americanos. Zuckerberg, em entrevista recente, afirmou que o processo é complicado como “lutar contra o crime em uma grande cidade”.
Mas isso não significa que os resultados de hoje serão diminutos. Se seguir os passos do restante do mercado de publicidade digital, o que é esperado por analistas, o Facebook deve ter mais um trimestre de sucesso.
A expectativa é que a empresa tenha faturamento acima de 27.9 bilhões de dólares no período, bem além dos 18,7 bilhões de um ano atrás. O lucro esperado por analistas é de 8,8 bilhões de dólares.
O “metaverso” foi um termo cunhado pelo autor Neal Stephenson, no romance Snow Crash, e se refere a uma convergência entre os diferentes tipos de realidade, sejam elas físicas ou virtuais. A pandemia ajudou a misturar algumas dessas existências e o Facebook e Zuckerberg veem potencial em investir nesse mundo novo.
Notícias sobre o futuro e outras realidades do Facebook devem vir hoje, mas o verdadeiro foco ainda está em um modelo de negócios já bem enraizado.
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Por Thiago Lavado
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