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Em nenhum momento Aécio pediu “empréstimo” a Joesley

Após a decisão do Supremo Tribunal Federal em aceitar a denúncia contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a defesa do parlamentar rebateu: ao tornar Aécio réu, o STF estaria criminalizando a atividade parlamentar, já que ele teria pedido um empréstimo ao empresário Joesley Batista e não propina, como acusa a Procuradoria Geral da União.

Na gravação de pouco mais de trinta minutos entre Aécio e Joesley, há o registro de quase cinquenta palavras de baixo calão – 39 das quais proferidas pelo senador. Fala-se também da barafunda criada por várias operações da Polícia Federal. Da fraqueza de ministros do presidente Michel Temer. De estratégias para esfriar algumas investigações. Da dificuldade que o senador teria para pagar o custo de seus advogados. Da nomeação de um novo executivo para a presidência da Vale do Rio Doce – Aécio, inclusive, questiona Joesley se ele teria interesse em indicar alguém para compor a diretoria da empresa.

A palavra “empréstimo”, porém, não é dita em nenhum momento da gravação.

Por que é importante

Ao tornar Aécio réu, o STF mostra que o pau que bate em Chico também bate em Francisco

Quem ganha

Os candidatos à presidência que se desvinculam da imagem de político tradicional, arranhada por acusações de corrupção que atingem todo o espectro ideológico

Quem perde

Além de Aécio, os políticos que queriam vender a versão de que a corrupção era monopólio do PT

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