SÃO PAULO (Reuters) – O pré-candidato à Presidência da República, Henrique Meirelles, defendeu sua integridade e disse não ver problema no fato do MDB, partido ao qual se filiou recentemente, estar no centro de escândalos de corrupção.
Meirelles, que deixou o cargo de ministro da Fazenda há cerca de 10 dias para tornar-se pré-candidato, também disse que não vê nos índices de rejeição ao governo do presidente Michel Temer um fator que dificultaria sua postulação ao Palácio do Planalto.
“Acho que isso é um processo normal de toda a política brasileira neste momento”, disse Meirelles, citando que membros de outros grandes partidos, como PT e PSDB, também são alvo de denúncias.
“No meu caso pessoal, não há nada disso e o que eu tenho é um histórico de serviço e integridade pessoal e eu acho que isso, na realidade, tem um efeito extremamente positivo na população”, afirmou Meirelles durante coletiva de imprensa após evento com investidores em São Paulo.
O presidenciável também avaliou que o alto índice de rejeição ao governo Temer, que alcançou 70 por cento segundo pesquisa do Datafolha divulgada nesta terça-feira, não atrapalha sua intenção de tornar-se presidente e defendeu os sucessos da gestão.
“Acho que esse governo tem um histórico de sucessos, é um governo que encontrou o Brasil na maior recessão da história e o Brasil voltou a crescer”, afirmou Meirelles, citando a aprovação da reforma do Ensino Médio, da reforma trabalhista e da lei da governança das estatais.
“Portanto, é um governo que tem uma trajetória bem sucedida, então não acho que há necessidade de descolamento de nada, muito pelo contrário”, disse o pré-candidato.
O ex-ministro da Fazenda reafirmou que não cogita disputar cargo de vice-presidente e que sua candidatura é para a Presidência, o que já havia declarado ao deixar o cargo no governo.
Com a sinalização de Temer de que pretende disputar a reeleição, o MDB ainda precisará decidir qual das possíveis candidaturas levará adiante ou pensar em uma composição de chapa.
(Reportagem de Laís Martins)