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Blindados na Esplanada podem pegar caminho da pressão autoritária ou da micareta fardada

O desfile de blindados do Corpo dos Fuzileiros Navais na Esplanada dos Ministérios se tornou o assunto nesta terça-feira (10), em mais uma provocação institucional do presidente Jair Bolsonaro, enquanto a Câmara dos Deputados se prepara para votar a PEC 135/19 do voto impresso – aquela que Bolsonaro nutre uma obsessão particular.

Bolsonaro durante desfile de blindados nesta terça-feira (10)

É corriqueiro que tropas blindadas e de artilharia do Exército e dos fuzileiros façam treinamento em Formosa (GO), onde há um grande campo de tiro que se espraia pela planuras do Cerrado. Desta vez, serão mais de 2 mil soldados em uma operação conjunta com Aeronáutica e Exército. O Ministério da Defesa emitiu uma nota explicando o que será feito, porém sem deixar claro desde quando a operação estava marcada. O resultado da marcha tem dois caminhos. Se a Câmara aprovar o voto impresso, Bolsonaro poderá dizer que foi por ter patrocinado a pressão militar, se perder, será apenas um 7 de Setembro fora de época, uma micareta fardada. O curioso é que se ganhar, o presidente tira de si a força que precisa mostrar no campo político, minimizando o protagonismo de seus aliados de terno e gravata no Parlamento. Diante de qualquer resultado, os fardados viram massa de manobra.

Com panos quentes, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que os blindados de Formosa foram uma “trágica coincidência”. Porém, nem ele e nenhum outro da cúpula do poder, como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, aceitaram ao convite para assistir ao desfile ao lado de Bolsonaro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não foi convidado nominalmente.

Nota da Marinha do Brasil

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