A China continua a liderar a contribuição para o aumento do superávit da balança comercial brasileiro, que chegou a US$ 44,4 bilhões no acumulado do ano até julho. O mês de julho repetiu as tendências observadas nos meses anteriores pelo Indicador de Comércio Exterior (Icomex), do Instituto Brasileiro de Economia (FGV-Ibre): exportações lideradas pelo aumento de preços e as importações por variações de volume. Porém, houve uma desaceleração no volume exportado liderado pela queda nas exportações para China e, em menor intensidade nas importações. Para os próximos meses, espera-se que o ritmo de crescimento do comércio seja reduzido.
Em todos os principais mercados analisados pelo Icomex, houve aumento no saldo positivo ou redução do déficit. A participação da China nas exportações brasileiras foi de 32,6% em julho e no acumulado do ano até julho de 34,2%. As exportações desaceleram seu crescimento nos últimos três meses e registraram aumento de 15,2% ente julho de 2020 e 2021.
Nessa mesma base de comparação, as exportações para os Estados Unidos aumentaram 75,6% e para a Argentina 54,1%. Na comparação do acumulado do ano até julho, o aumento para as vendas na China foi de 34,1%, nos Estados Unidos, 39,7% e na Argentina, 52,7%. Houve uma redução de US$ 2,2 bilhões no déficit do Brasil com os Estados Unidos.
Na comparação interanual do mês de julho, as exportações aumentaram, em valor, 31,4% e as importações, 53%. No entanto, o aumento em valor nas exportações é atribuído exclusivamente ao aumento nos preços, 44,9%. Nas importações, preços e volume cresceram, mas a variação no volume importado superou 19,6 pontos percentuais a dos preços. Ao longo dos três últimos meses, houve uma tendência de desaceleração nos volumes transacionados, embora menos acentuada para as importações.