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Os obstáculos de Bolsonaro, Marina e Ciro na corrida presidencial

A mais recente pesquisa Datafolha colocou Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) no topo da corrida presidencial nos cenários sem o ex-presidente Lula (PT), que está virtualmente fora da disputa, barrado pela Lei da Ficha Limpa. Divergentes no pensamento ideológico, os três deverão concorrer ao Planalto em chapas puro-sangue e precisarão superar os mesmos obstáculos: bancadas pequenas, orçamento reduzido e pouco tempo na TV. Confira a seguir os desafios dos candidatos.

 

Jair Bolsonaro

O presidenciável da extrema-direita buscou no PSL um ninho para chamar de seu – e levou junto alguns outros deputados. Ainda assim, a bancada da legenda na Câmara conta com apenas com oito parlamentares. Caso seja eleito, Bolsonaro terá que articular com outros partidos para ter maioria no Congresso. Só desta forma ele poderá aprovar suas ideias radicais, principalmente as que precisam alterar a Constituição, como a redução da maioridade penal. Como alento, ele poderá contar com apoio da bancada evangélica e da bala. O tempo na TV também poderá ser uma pedra no sapato de Bolsonaro, já que ele terá menos de 15 segundos para expor suas ideias na propaganda eleitoral. Ainda que seja influente nas mídias sociais, especialistas avaliam que a televisão segue sendo o principal canal para o eleitor conhecer os candidatos e definir em quem votar.

 

Marina Silva

A Rede, que já tinha influência mínima na Câmara, ficou ainda menor ao perder dois deputados e ficar com apenas outros dois na janela partidária. Assim, Marina Silva, por conta da Lei Eleitoral, pode nem ser convidada para participar dos debates. Repetindo Bolsonaro, Marina também terá menos de 15 segundos de tempo na TV. Conhecida por ser prolixa e monótona, ela vai precisar ser concisa para apresentar seu plano de governo. Sem uma estrutura partidária forte nos estados, a candidata terá poucos palanques pelo Brasil e poderá ser engolida por outras candidaturas de maior presença.

 

Ciro Gomes

O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT gosta muito de falar, mas terá que se contentar com menos de 15 segundos na TV na propaganda partidária. O verborrágico Ciro Gomes terá que ser claro nas suas ideias para se manter firme no topo das pesquisas. Se for vitorioso na eleição, certamente não irá governar com maioria no Congresso. Hoje, o PDT conta com 20 deputados na Câmara e a perspectiva é que não eleja uma banca ainda maior. Ou seja, Ciro terá que negociar com as demais legendas. O seu principal entrave vem justamente no campo da esquerda. Dirigentes do PT ainda estão irritados com a ausência do pedetista nas manifestações que antecederam a prisão do ex-presidente Lula. Por isso, os petistas já indicaram que não devem oferecer qualquer tipo de apoio a Ciro.

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