Cada vez fica mais evidente que há dois Meirelles no país. O primeiro é o ministro eficiente que baseou sua política econômica na austeridade e no controle das contas públicas. O segundo é o candidato a candidato presidencial, que flexibiliza o discurso em busca de alguma popularidade. A mais recente contradição de Meirelles diz respeito à chamada “regra de ouro”, que impede o Estado de tomar empréstimos para pagar despesas. Meirelles sempre foi um defensor ferrenho da norma. Agora, admite “flexibilizar as regras” em prol da “governabilidade do país.”