WASHINGTON (Reuters) – O Partido Democrata dos Estados Unidos ingressou com uma ação judicial contra a Rússia, a campanha do presidente norte-americano, Donald Trump, e o WikiLeaks, nesta sexta-feira, em que os acusa de conspirar para interferir na campanha para a eleição presidencial de 2016, mostram documentos judiciais.
O partido alega na ação federal impetrada junto a um tribunal federal de Manhattan que autoridades da campanha de Trump conspiraram com o governo russo e a agência militar de espionagem da Rússia para prejudicar a candidata presidencial democrata, Hillary Clinton, e favorecer Trump na eleição por meio de ataques hackers a computadores do Partido Democrata, de acordo com os documentos.
A ação também coloca Donald Trump Jr., o associado de Trump Roger Stone e o genro do presidente dos EUA, Jared Kushner, como acusados.
A ação judicial alega que a campanha de Trump “alegremente recebeu a ajuda da Rússia” na eleição de 2016.
A Casa Branca não respondeu de imediato aos pedidos de comentário. Trump tem negado repetidamente que sua campanha tenha conspirado com a Rússia. A Rússia tem negado intromissão na eleição.
O Comitê Nacional Republicano, a campanha Trump, o gerente da campanha Trump Michael Glassner, o WikiLeaks, Stone e advogados de Donald Trump Jr., o ex-chefe de campanha Paul Manafort, o associado de Manafort Rick Gates e o ex-assessor de campanha George Papadopoulous também não responderam imediatamente a pedidos de comentário.
A ação, se for adiante, provavelmente ajudará a manter os holofotes sobre a questão da interferência russa na eleição e possível conluio com a campanha Trump. Ambos estão sendo investigados pelo procurador especial Robert Mueller.
Por meio do processo legal, os advogados do Partido Democrata poderiam forçar os acusados a produzir documentos sobre a questão do conluio.
(Reportagem de David Alexander; reportagem adicional de Ginger Gibson)