A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ainda espera ouvir nesta nesta quinta-feira (2) o advogado e lobista Marconny Albernaz Faria. Ele é ligado ao caso da Precisa Medicamentos e apontado pelo vice-presidente da Mesa, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), como participante em outras negociações fraudulentas envolvendo o Ministério da Saúde e autoridades públicas. De acordo com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), Faria não teria respondido a nenhuma tentativa de contato do Senado para a entrega do ofício de convocação.
O Supremo Tribunal Federal (STF) já havia concedido a Faria o direito ao silêncio para não se incriminar diante dos senadores, mas não foi o suficiente. O vice-presidente afirmou nesta manhã que, se o suposto lobista não comparecer, será convocado sob vara judicial. Caso não seja localizado, será considerado foragido e a polícia internacional será acionada. Antes ele havia tentado apresentar um atestado médico, alegando “dor pélvica”, mas o documento foi “cancelado” pelo médico, que pressionado, alegou suspeitar de simulação.
Vale destacar que Marconny Albernaz Faria só surgiu nas investigações por causa de um requerimento do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que era membro da CPI até junho. O lobista mantinha contato próximo com Jair Renan Bolsonaro, o filho 04 do presidente. Ele também constava em uma investigação do Ministério Público Federal do Pará sobre uma burla para compra de testes de covid-19.