Policiais federais cumprem nesta quinta-feira (9) dois mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão contra acusados de praticar fraudes por meio de operações com criptomoedas, no Rio de Janeiro. Esta é a segunda fase da Operação Kryptus, que conta com o apoio da Receita Federal e que investiga a prática ilegal de pirâmide financeira.
Os mandatos são contra João Marcus Pinheiro Dumas Viana e Michael de Souza Magno, suspeitos de ligações com Glaidson Acácio dos Santos, apontado como chefe da organização e detido em 25 de agosto. Ele teria movimentado R$ 38 bilhões com o esquema fraudulento e, quando localizado em um condomínio na Barra da Tijuca, foram encontrados na residência R$ 15 milhões em espécie e 21 carros de luxo.
De acordo com a Receita Federal, a empresa localizada na Região dos Lagos fluminense atua como se fosse um fundo de investimento, em que o investidor adquire uma quantia determinada de cotas e recebe rendimentos fixos. Como em um mercado volátil como o das criptomoedas (que incluem os bitcoins), não é sustentável prometer uma rentabilidade fixa aos investidores, a empresa recorreria a uma pirâmide financeira.
A pirâmide é um esquema ilegal em que o lucro é gerado pelo aporte de novos clientes e não pela natureza lucrativa das operações. E, para evitar o colapso do sistema, é preciso continuar expandindo a rede de clientes. O esquema gera enriquecimento dos mentores da pirâmide que, segundo a Receita, não declaram seus lucros ao fisco.
(com Agência Brasil)