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Santander Brasil turbina crédito e lucro recorrente sobe 25,4% no 1º tri

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) – Uma combinação de crescimento vigoroso do crédito para o varejo com maiores receitas de tarifas e controle de despesas com calotes e administrativas levou ao Santander Brasil a uma rentabilidade recorde no primeiro trimestre.

O maior banco estrangeiro no país anunciou nesta terça-feira que teve lucro gerencial, recorrente, de 2,86 bilhões de reais no período, alta de 25,4 por cento ante mesma etapa de 2017. O lucro societário do banco, usado como referência para remuneração aos acionistas, de um salto de 54,6 por cento por cento ano a ano, para 2,82 bilhões de reais.

O resultado refletiu a ofensiva do banco no crédito, iniciada em meados do ano passado, e que se manteve no começo deste ano, mesmo com a economia brasileira mostrando sinais erráticos de recuperação da economia.

No fim de março, a carteira de crédito total do Santander Brasil somava 280,4 bilhões de reais, alta de 9 por cento em 12 meses e de 2,9 por cento ante o fim de 2017. O movimento foi puxado pelas operações com pessoa física, que saltaram 21 por cento, compensando com sobras a retração de 6,5 por cento na carteira de grandes empresas.

“A expansão da carteira de crédito é sustentável porque ocorre sobre um balanço sólido”, comentou em relatório o presidente-executivo do banco, Sergio Rial.

A margem financeira do grupo cresceu 14,6 por cento ano a ano e 7 por cento em relação ao quarto trimestre de 2017, para 10,16 bilhões de reais. Além do bom desempenho em operações de tesouraria, o banco também colheu os frutos de maior foco no crédito ao varejo, que dá margens maiores.

O spread, diferença entre o custo de captação e o preço cobrado ao emprestar a clientes, subiu 1,1 ponto percentual em um ano, para 10 por cento.

A qualidade da carteira, medida pelo saldo de operações em atraso com mais de 90 dias em relação ao total, foi de 2,9 por cento, estável ano a ano, mas queda de 0,3 ponto sobre o trimestre imediatamente anterior.

O NPL formation, uma espécie de indicador antecedente da inamdimplência, caiu 1,5 por cento no comparativo anual. Sobre o trimestre anterior, a queda foi de 28,9 por cento, após o banco ter tirado do balanço um caso específico de um grande empresa.

As despesas do banco com provisões para perdas com calotes, menos os valores de créditos recuperados, somaram 2,65 bilhões de reais, um aumento de 17,1 por cento. Segundo a instituição, esse aumento deveu-se a menores receitas com recuperação.

Já as despesas gerais, incluindo administrativas e com salários, somaram 4,8 bilhões de reais, alta de 3,8 por cento.

Na outra ponta, as receitas com serviços e tarifas cresceram 11,5 por cento, para 4,13 bilhões de reais.

Com essa combinação, a rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido do banco foi de 19,1 por cento no trimestre, um salto de 3,2 pontos percentuais em 12 meses e aumento de 0,7 ponto na medição sequencial.

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