A dose de reforço com a vacina da farmacêutica americana pode gerar mais anticorpos contra o novo coronavírus, de acordo com estudo da Universidad de la República, do Uruguai
A terceira dose da vacina contra a covid-19 é investigada pela comunidade científica global e, agora, um novo estudo feito no Uruguai indica que a dose de reforço com a vacina da americana Pfizer em vacinados com duas doses da Coronavac, do instituto chinês Sinovac, pode gerar vinte vezes mais anticorpos contra o novo coronavírus. A pesquisa foi realizada por pesquisadores do Instituto Pasteur, da Universidad de la República.
O aumento da contagem de anticorpos foi registrado na comparação de amostras, entre a segunda e a quarta (foram coletadas quatro amostras de cada participante do estudo). Uma das amostras foi antes do início da vacinação, enquanto a segunda foi 18 dias após a segunda dose. Já a terceira coleta foi realizada aproximadamente 80 dias depois da segunda dose. Por fim, a quarta amostra de quem recebeu uma terceira dose de Pfizer, e tinha recebido duas doses da Coronavac, foi coletada após 18 dias. 200 pessoas participaram do estudo, que continuará a ser realizado.
O estudo foi divulgado no jornal local El Observador. “Hoje é um dia especial, é mais um passo na ciência uruguaia. Era um resultado desejável, mas hoje o confirmamos com a geração de conhecimento nacional. Era fundamental poder avaliar [o efeito da combinação de vacinas]. Estamos semeando coisas que vão nos dar segurança e garantias das decisões que estão sendo tomadas ”, disse, ao jornal, o ministro da Saúde Pública do Uruguai, Daniel Salinas.
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Por Lucas Agrela
Publicado anteriormente em: https://cutt.ly/xEbMIGL