Mal degenerativo amplia risco em seis vezes
Pesquisadores brasileiros identificaram que a probabilidade de um infectado desenvolver covid-19 em sua manifestação mais grave é até seis vezes maior em pacientes com Mal de Alzheimer, independentemente da idade. O estudo foi publicado na revista Alzheimer’s & Dementia, nos Estados Unidos, e foi baseado em dados do sistema de saúde britânico, reunindo informações de 12.863 pessoas maiores de 65 anos. O trabalho mostrou que quando um paciente internado e já tem Alzheimer, o risco de desenvolver um quadro mais grave é três vezes maior na comparação com quem não desenvolveu a doença. No caso de pacientes com mais de 80 anos, o risco é seis vezes maior. A doença não aumentou o risco de internações ao ser comparado com outras comorbidades.
“Os pacientes internados infectados por covid-19, se tiverem um quadro de Alzheimer, é um fator significativamente agravante de internação”, aponta Sérgio Verjovski, do do Instituto Butantan. O estudo também envolveu pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Dos 12 mil casos analisados, 1.167 estavam com covid-19. Verjovski explica que o banco inglês foi usado por ter o histórico de mais de 10 anos dos pacientes, além disso possui o sequenciamento genômico da maior parte dos indivíduos. O pesquisador destaca que essa descoberta revela a importância de uma atenção rápida a esses pacientes. “Tudo isso aponta para o fato de que esses pacientes necessitam de uma intervenção mais imediata. Pacientes com 65 a 70 anos tinham risco aumentado em quase quatro vezes de terem complicações e irem a óbito”, exemplificou. Estudos ainda estão sendo feitos para determinar exatamente a relação entre covid e Alzheimer, contudo, um dos mecanismos possíveis é que quando o SARS-CoV-2 infecta o organismo, o corpo responde com um processo inflamatório para combater o vírus.
O que MONEY REPORT publicou hoje:
- Presidente da Caixa testa positivo para covid
- Passaportes de vacina: uma maneira garantida de regimes expandirem seus poderes
- Bolsonaro testa negativo e deve sair do isolamento amanhã
- Exame: luvas de Michael Jackson pagarão vacinas na Guiné Equatorial
Estado de NY pode usar tropas nos hospitais
Um impasse opoõe o governo de Nova York e as autoridades de saúde aos sindicatos de trabalhadores da saúde e objetores das vacinas. Como muitos funcionários de hospitais, clínicas, laboratórios e serviços de ambulâncias recusam participar da vacinação, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, considera convocar oficiais da Guarda Nacional com treinamento médico, funcionários de saúde de outros estados e aposentados para suprir a falta de pessoal. O problema ocorre agora, já que nesta segunda-feira (27) encerra o prazo que este pessoal complete seus ciclos de imunização. Para tanto, seria preciso a declaração de um estado de emergência. Cerca de 16% dos 450 mil funcionários de hospitais do estado (umas 72 mil pessoas) ainda não foram totalmente vacinados.
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Informe Publicitário
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Rio bate recordes
A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou ter obtido neste sábado (25) um novo recorde de vacinação em um único dia. Ao todo, 123.352 pessoas receberam o imunizante. Foram aplicadas 53.306 primeira dose, 57.734 segunda dose e 12.312 doses de reforço. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, outro marco também foi alcançado. A taxa de ocupação de 45% dos leitos para tratamento da covid-19 na rede do município é a menor desde abril de 2020. Nesta semana, o Rio ampliará a faixa etária apta a receber a dose de reforço. De forma escalonada, serão atendidos até quinta-feira (30) os idosos a partir de 80 anos. Até então, já foram convocados com esta finalidade os maiores de 84 anos. A aplicação da primeira e segunda doses terá continuidade. No caso das pessoas com 50 anos ou mais que foram vacinadas com o imunizante da Pfizer, o intervalo entre as duas doses foi reduzido para 21 dias.
Pela proteção dos velhinhos
Painel Coronavírus
Vacinados
• 3,59 bilhões no mundo (46,16% da população)
• 6,11 bilhões no mundo (81,43% da população — cumulativo)
• 144,78 milhões no Brasil (67,87% da população)
Segunda dose *
• 2,52 bilhões no mundo (32,6% da população)
• 87,06 milhões de brasileiros (40,81% da população)
* dados aproximados
Casos confirmados no Brasil
• 21.343.304 – acumulado
• 15.688– novos infectados
• 20.333.908 – recuperados
• 415.196 – em acompanhamento
• 10.156,4 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 594.200 – óbitos acumulados
• 537 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 282,8 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados vacinais atualizados em 26/09/2021, às 19h
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade John Hopkins (EUA) e Fiocruz