Brasileiros abandonaram as demais vacinas
Nos últimos anos o Brasil enfrenta preocupantes quedas gradativas na cobertura vacinal. De acordo com o Ministério da Saúde, a cobertura para doenças facilmente evitáveis por poteção coletiva por imunização só cai, incluindo para males graves, como poliomielite, febre amarela, hepatite A. Por esse preocupante motivo, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) está lançando o Movimento Vacinação. À MONEY REPORT, a infectologista Karen Morejón explicou: “A queda das taxas de imunização pode causar o retorno de algumas doenças e comprometer os avanços já obtidos em saúde pública no campo de controle de infecções preveníveis por vacina”. Sem esse tipo de controle, o SUS pode novamente ficar sobrecarregado e assim, impedido de evitar mortes desnecessárias, gerando perdas inestimáveis às famílias. Morejón afirmou que muitas pessoas cresceram em um mundo onde doenças infecciosas estão controladas por vacinação, deixando de dar a importância que as gerações anteriores davam ao combate de males como sarampo, rubéola e tuberculose. Confira:
O que MONEY REPORT publicou hoje:
- Alexandre Garcia demitido da CNN. Você é contra ou a favor?
- Confiança da Indústria cai novamente
- Governo lança cartilha sobre reforma tributária. Baixe o PDF
- Ata do Copom acena com novo aumento da Selic em outubro
Biden reforçado
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu sua terceira dose da Pfizer. A aplicação ocorreu dias depois de a Administração de Alimentos e Drogas (FDA, na sigla em inglês) dos EUA aprovar o reforço para aqueles com 65 anos ou mais, com comorbidades e empregos que os colocam em maior risco, como profissionais da linha de frente.
Advogada dos denunciantes fala à CPI
Na sessão desta terça-feira (28), a comissão ouviu a advogada Bruna Mendes Morato, representante de 12 médicos que denunciaram a operadora de saúde Prevent Senior. De acordo com ela, houve mudança nos prontuários dos pacientes que morriam por covid-19 após receberem o tratamento ineficaz com cloroquina e azitromicina, em uma clara fraude criminosa. Os médicos eram obrigados a prescrever esses medicamentos e outros não recomendados. Aqueles que se negassem, eram demitidos. Morato explicou que antes de o kit ser condenado, pacientes idosos e fragilizados foram tratados com cloroquina, azitromicina e outras seis substâncias sabidamente inúteis contra o vírus, incluindo vitaminas. Com o apoio da oncologista Nise Yamaguchi e do virólogo Paolo Zanotto, o protocolo da Prevent Senior serviu de base para a disseminação do kit covid pelo Ministério da Saúde, com ajuda de gente como a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério, Mayra Pinheiro, conhecida como Capitã Cloroquina, que já depôs à comissão.
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Informe Publicitário
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100% eficaz em casos graves
Uma nova vacina em estudos de fase 3 ganha destaque. A Clover, da chinesa Sichuan Clover Biopharmaceutical, pode ser quase 100% eficaz contra os casos graves e de hospitalização por qualquer variante do novo coronavírus. Em casos leves e moderados, o resultado foi de 84% (79% para delta e 92% para gama). A pesquisa começou em março de 2020, com 30 mil voluntários em cinco países, incluindo o Brasil. Os resultados já foram enviados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A coordenadora do trabalho no Brasil, Sue Ann Costa Clemens, conta que a Clover é um recombinante da proteína S do Sars-CoV-2, aplicada em duas doses com intervalo de 22 dias.
Novidades da ButanVac
Ensaios clínicos de fase 1 realizados na Tailândia demonstraram que a ButanVac é segura e tem imunogenicidade potente. Os resultados foram descritos em artigo publicado em 22 de setembro na plataforma de preprints MedRxiv. Participaram pesquisadores da Universidade Mahidol, de Bangkok (Tailândia), da Icahn Escola de Medicina Monte Sinai, de Nova York (EUA), e da Universidade do Texas, em Austin (EUA). Chamada internacionalmente de NDV-HXP-S, a ButanVac está sendo testada no Vietnã e Tailândia, além do Brasil.
- Piracicaba: o cadastramento de voluntários para estudos clínicos da ButanVac, em Piracicaba, no interior paulista, começou nesta terça-feira (28). É preciso ter 18 anos ou mais e ainda não ter se imunizado ou contraído covid-19. Os participantes receberão a ButanVac ou a CoronaVac para comparação. Não haverá grupo de controle com placebo.
Governo joga fora R$ 80 milhões
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), ligada ao Ministério da Saúde, deixou vencer milhares de kits para diagnóstico da covid-19 e dezenas de medicamentos e vacinas para outras doenças. O órgão foi notificado sobre a proximidade da data de validade de 32 diferentes insumos. Mesmo assim, não agiu a tempo de distribuí-los. O resultado é que milhares de imunizantes, soros, diluentes e testes que custaram R$ 80,4 milhões serão descartados. O desperdício inclui mais de 18 mil kits de testes de covid. Também estão na lista 44 mil doses contra meningite (meningocócicas) e 16 mil contra a gripe. As informações constam de documentos internos da pasta obtidos pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Reforços +60
Painel Coronavírus
Vacinados
• 3,61 bilhões no mundo (46,41% da população)
• 6,18 bilhões no mundo (82,4% da população — cumulativo)
• 145,26 milhões no Brasil (68,1% da população)
Segunda dose *
• 2,52 bilhões no mundo (32,7% da população)
• 87,99 milhões de brasileiros (41,25% da população)
* dados aproximados
Casos confirmados no Brasil
• 21.381.790 – acumulado
• 15.395– novos infectados
• 20.383.243 – recuperados
• 403.101 – em acompanhamento
• 10.175 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 595.446 – óbitos acumulados
• 793 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 283 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados vacinais atualizados em 28/09/2021, às 19h
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade John Hopkins (EUA) e Fiocruz