O governo federal calcula que o mercado potencial para cédula de produto rural (CPR) verdes envolvam até R$ 30 bilhões em um período de quatro anos. A CPR Verde é um instrumento para pagamento por serviços ambientais (PSA) que poderá ser usada em operações que envolvam conservação e recuperação de florestas nativas e seus biomas, com aplicações previstas, por exemplo, na compensação voluntária da emissão de gases de efeito estufa por empresas. Além do pagamento pela floresta em pé, poderão ser objeto das CPRs Verdes ações que resultem no aumento da biodiversidade, recuperação de recursos hídricos e conservação do solo. Ou seja, a cédula é um título cujo lastro é um ativo ambiental.
O decreto instituindo a CPR Verde foi assinado na sexta-feira (1º) e abre caminho investimentos agroambientais de baixo carbono. Ainda que tenha ganho pouco destaque, a iniciativa é uma ferramenta financeira valiosa além de seus resultados, ajudando a desfazer a péssima política ambiental do atual governo.
O secretário de política econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, destacou ainda que não haverá precificação prévias dos ativos e que a referência para a negociação será dada pelo mercado. “O governo está criando apenas o instrumento financeiro, mas o mercado [será] de trocas voluntárias. Toda empresa que se diz preocupada com a preservação do meio ambiente poderá contribuir”, disse.
(com Agência Brasil)