SÃO PAULO (Reuters) – A estatal Petrobras anunciou nesta sexta-feira que abriu um processo para vender 60 por cento de sua participação em ativos de refino e logística no Nordeste e no Sul do país, segundo comunicado da companhia ao mercado.
A petroleira disse que iniciou a etapa de divulgação dessas duas oportunidades de desinvestimento e que o modelo de venda prevê a criação de duas subsidiárias para reunir os ativos que serão negociados nessas regiões– que incluem refinarias, dutos e terminais integrados e terminais aquaviários e terrestres.
A subsidiária do Nordeste compreenderá as refinarias Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, e Abreu e Lima (RNES), em Pernambuco, bem como dutos e terminais operados pela Transpetro e integrados a essas refinarias.
Esses dutos e terminais, que são os ativos de logística do pacote, representam 2 terminais aquaviários (Madre de Deus e Suape), 3 terminais terrestres (Candeias, Itabuna e Jequié), 2 dutos de suprimento de petróleo, 1 poliduto e 35 dutos de derivados que interligam as refinarias às bases e terminais de distribuição.
No Sul, a subsidiária a ser criada ficará com as refinarias Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, mais os ativos de logística– 4 terminais aquaviários (Paranaguá, São Francisco do Sul, Tramandaí e Niterói) e 3 terminais terrestres (Guaramirim, Itajaí e Biguaçu), além de 2 dutos de suprimento de petróleo, 2 polidutos e 3 dutos de derivados.
A busca por compradores para as fatias majoritárias nos ativos de refino e logística faz parte do plano de desinvestimentos da Petrobras, que visa reduzir dívidas.
A estatal disse ainda que os desinvestimentos e parcerias são “uma das principais iniciativas para mitigação de riscos, agregação de valor, compartilhamento de conhecimentos, fortalecimento da governança corporativa e melhora da financiabilidade da empresa”.
O modelo anunciado para a venda dos negócios de refino segue proposta apresentada mais cedo neste mês pela Petrobras.
A companhia não citou valores para as potenciais transações, mas na época da apresentação dos planos para os ativos o presidente da petroleira, Pedro Parente, disse que as cifras envolvidas serão elevadas. Ele ainda disse na ocasião que espera que um negócio pelos ativos seja concluído apenas em 2019.
(Por Luciano Costa)