O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse no sábado (2) no pavilhão Sustentabilidade, da Expo 2020, em Dubai, que o Brasil precisa garantir a preservação de pelo menos 80% da Amazônia, para mostrar à comunidade internacional seu compromisso com o bioma. De acordo com ele, estima-se que cerca de 85% da floresta ainda mantêm vegetação natural, o que limita seu desmatamento a 5%, no máximo. No domingo (3), ele abrirá um fórum de sustentabilidade da Amazônia, com empresários do Brasil e dos Emirados Árabes.
“Para mostrar à comunidade internacional que não estamos desistindo da nossa responsabilidade, que vamos trabalhar para manter a floresta, se formos levar em consideração um mero cálculo matemático, nós ainda temos 5% para desmatar, nada além disso. Dos outros 80%, as árvores não podem ser cortadas”, afirmou.
Ele também defendeu que o país seja pago, em créditos de carbono, pela preservação pois o governo precisa garantir que as leis ambientais sejam cumpridas e para isso, é necessário fortalecer os órgãos de fiscalização.
Segundo dados mostrados por Mourão, nos últimos 32 anos, os menores índices de desmatamento na Amazônia foram registrados em 2012. Entre 2018 e 2020, no entanto, as taxas cresceram. No ano passado, a taxa cresceu 7% em relação ao ano anterior, por exemplo. As maiores pressões ocorrem em Rondônia, Mato Grosso e Pará. No entanto os dados de agosto deste ano mostraram uma queda de 32% em relação ao mesmo período de 2020.
Bioeconomia
O vice-presidente voltou a destacar a necessidade de investimentos da iniciativa privada em projetos de desenvolvimento sustentável da Amazônia, a fim de que se possa evitar uma exploração predatória da região. “Governos têm a maior responsabilidade em proteger o meio ambiente nos nossos países. Mas o desenvolvimento sustentável, particularmente na Amazônia só vai ser bem-sucedido com uma maior participação do setor privado e outros atores”. Segundo ele, a bioeconomia, que seria o uso sustentável da biodiversidade, pode proporcionar negócios que combinam preservação ambiental, crescimento econômico e inclusão social.
(com Agência Brasil)