Cálculos e mortes defasadas
O estudante de economia da Universidade Hebraica de Jerusalém, Ariel Karlinsky, e o cientista de dados da Universidade de Tübingen, na Alemanha, Dmitry Kobak, se conheceram pelo Twitter e juntos, questionaram os dados de óbitos por covid-19 oficiais. Para eles, as 4,8 milhões de mortes estavam defasadas. Considerando as subnotificações, pouca transparência, baixo índice de testagens e países pobres com pouca sofisticação em seus sistemas de saúde, só poderia haver um excesso não computado. O resultado, segundo jornal britânico The Guardian nesta sexta-feira (8), é o World Mortality Dataset, uma base que estima a mortalidade, já usada pelo The Economist e pelo Financial Times. A quantidade de mortes, segundo a base, seriam 16 milhões. O cálculo de Karlinsky e Kobak preenche as lacunas que a coleta convencional desconsidera. As críticas ao método é o excesso. O sistema usa não apenas as mortes diretas, mas as indiretas, como as de pacientes com câncer que não receberam tratamento adequado na calamidade. Esta pode ser uma ferramenta útil para obrigar os governos a abrirem suas caixas pretas sobre a pandemia.
O que MONEY REPORT publicou hoje:
- Barômetros globais caíram em outubro com desaceleração da economia
- Inflação oficial fica em 1,16% em setembro
- Podcast: Queiroga, o infiltrado; veto aos absorventes; semana offline e offshore
Teste das luzes
Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram um novo teste para detecção da covid-19 por meio da saliva. O exame indicaria também a carga viral do infectado. Em contato com a amostra, o dispositivo portátil emite uma luz vermelha em caso de resultado positivo. A intensidade da luz é proporcional à carga viral. Se o aparelho não acender, a pessoa não está infectada.
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Informe Publicitário
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Pandemia dos não-vacinados
O presidente dos EUA, Joe Biden, esteve em Chicago na quinta-feira (7), onde realizou discurso destacando a importância da vacinação. “Essa tem sido uma pandemia dos não-vacinados. Eles lotam hospitais, tiram o espaço de alguém que sofreu um ataque cardíaco ou precisa tratar um câncer”, disse o presidente. A Casa Branca divulgou nesta sexta-feira (8) um relatório destacando o avanço da campanha. A imunização preveniu 100 mil mortes e 450 mil internações, apontou o documento. A quantidade de não vacinados caiu de 95 para 67 milhões desde julho.
Escolha o destino da sua próxima viagem
Brasileiros que estiverem totalmente vacinados contra a covid-19 estão liberados para entrar em pelo menos 12 países.
Confira:
- Reino Unido
- França
- Espanha
- Portugal
- Holanda
- Bélgica
- Estados Unidos
- Canadá
- México
- Argentina
- Paraguai
- Colômbia
A partir da próxima segunda-feira (11), o Reino Unido começa a receber brasileiros com o esquema vacinal completo há pelo menos 14 dias, sem necessidade de quarentena.
STF pela vacinação
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou para referendar a decisão individual do ministro Ricardo Lewandowski que confirmou a competência de estados e municípios para decidirem sobre a vacinação de adolescentes maiores de 12 anos contra a covid-19. A votação ocorre de forma eletrônica e está aberta até às 23h59 de sexta-feira (8), horário limite para que os três ministros que ainda não se manifestaram possam votar.
Bandeiras pelos 600 mil mortos
Um ato na Praia de Copacabana lembrou, nesta sexta-feira (8), os 600 mil mortos pela covid no Brasil. A ONG Rio de Paz estendeu em um varal na areia, em frente ao Copacabana Palace, 600 lenços brancos. Com o avanço da vacinação, em setembro mais da metade dos municípios brasileiros não registrou mortes por covid — o maior índice desde maio de 2020. No RJ, 27 dos 92 municípios não tiveram óbitos no mês passado.
Reforço para a primeira imunizada
Painel Coronavírus
Vacinados
• 3,84 bilhões no mundo (49,35% da população)
• 6,44 bilhões no mundo (85,86% da população — cumulativo)
• 149,21 milhões no Brasil (69,95% da população)
Segunda dose *
• 2,57 bilhões no mundo (34,5% da população)
• 97,62 milhões de brasileiros (45,76% da população)
* dados aproximados
Casos confirmados no Brasil
• 21.550.730 – acumulado
• 18.172 – novos infectados
• 20.665.273 – recuperados
• 285.032 – em acompanhamento
• 10.255,1 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 600.425 – óbitos acumulados
• 615 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 285,7 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados vacinais atualizados em 08/10/2021, às 19h
* dados não atualizados
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade John Hopkins (EUA) e Fiocruz