Por Lesley Wroughton
AMÃ (Reuters) – O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, deu a entender nesta segunda-feira que está aberto a uma solução de dois Estados para o conflito entre israelenses e palestinos, dizendo que uma “solução de duas partes” é provável, em seus primeiros comentários de fôlego sobre os esforços de paz desde que assumiu o cargo na semana passada.
“Com respeito à solução de dois Estados, caberá às partes tomar a decisão. Certamente estamos abertos a uma solução de duas partes como um desfecho provável”, disse ele em uma coletiva de imprensa na Jordânia após uma visita a Israel.
“Os israelenses e os palestinos precisam ter um engajamento político. Exortamos os palestinos a voltarem a esse diálogo político”, acrescentou.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que apoiará uma solução de dois Estados se os dois lados concordarem. A Casa Branca está preparando um novo plano para a paz entre israelenses e palestinos.
Os palestinos rejeitaram iniciativas de paz dos EUA desde que Trump decidiu reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e transferir a embaixada norte-americana de Tel Aviv para a cidade, cobiçada pelos palestinos como capital de seu próprio Estado.
Amã foi a última parada de Pompeo antes de voltar a Washington, onde ainda não esteve no Departamento de Estado. Na quinta-feira, momentos depois de tomar posse, Pompeo partiu para uma reunião em Bruxelas e depois visitou aliados no Oriente Médio.
“(A paz no Oriente Médio) é uma prioridade incrível para os Estados Unidos proporcionarem toda e qualquer assistência que possamos para permitir que as duas partes cheguem a uma resolução deste conflito incrivelmente duradouro e importante”, disse Pompeo ao lado do ministro das Relações Exteriores jordaniano, Ayman Safadi.
Pompeo também fez seus primeiros comentários sobre os episódios de violência na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, onde tropas israelenses mataram três palestinos a tiros em dois incidentes separados no domingo depois de um mês de protestos dos palestinos.
“Acreditamos que os israelenses têm o direito de se defenderem”, afirmou.
Quanto à Síria, ele disse que os EUA estão em “em perfeito acordo” com a Jordânia, inclusive quanto à preservação de uma “zona de apaziguamento” no sul.