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Nº 328: reforço para adultos; ameaças à Anvisa; pobres sem vacinas

Rio pesquisa reforço em adultos

A prefeitura do Rio de Janeiro e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciaram uma pesquisa para verificar a segurança e a capacidade de produzir anticorpos que uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 gera na população adulta. A pesquisa BoostCovid-19, em parceria com o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, está com inscrições abertas para voluntários entre 18 e 59 anos que tenham completado o esquema vacinal, com as duas doses previstas, há pelo menos seis meses. As inscrições podem ser feitas no site da Fiocruz. Serão selecionadas 9 mil pessoas para receber uma terceira dose das vacinas disponíveis, que atualmente são as da Fiocruz/AstraZeneca e da Pfizer/Biontech. A aplicação do reforço será “cega”, ou seja, o voluntário não vai saber, num primeiro momento, qual vacina vai receber. Todos os participantes terão que fazer três visitas de avaliação em um período de dois meses, sendo que a primeira é presencial e as duas seguintes podem ser feitas de maneira virtual. Cerca de 3 mil voluntários também vão participar de um subestudo que vai avaliar a imunogenicidade, ou seja, a produção de anticorpos. Esse grupo será acompanhado por um ano, durante o qual deverão ser feitas quatro visitas presenciais para coleta de sangue, além de uma avaliação que pode ser feita de forma virtual ou presencial 60 dias após a vacinação.

Pobreza manterá a covid ativa

Um levantamento do Financial Times mostra que se a desigualdade vacinal for mantida, a covid continuará a fazer vítimas em países pobres, permitindo o retorno da doença em surtos. Em países ricos, as aplicações de doses de reforço já somam 50 milhões entre agosto e o final de outubro, enquanto nos lugares mais pobres do mundo, nem 45 milhões de doses foram aplicadas desde fevereiro deste ano. O índice de vacinação no gráfico comparativo entre ricos e pobres justifica os esforços da Organização Mundial de Saúde (OMS), que prega o repasse de imunizantes às nações menos favorecidas em lugar da adoção de doses de reforço. Só 3,7% dos habitantes com mais de 12 anos nos países pobres foram imunizados até agora. Na República Democrática do Congo, a taxa é de 0,12%, no Sudão do Sul, 0,75%, e na Tanzânia, 1,4%. A OMS pediu uma moratória nas vacinas de reforço até o final deste ano, a fim de atingir taxas de vacinação de 70 por cento da população em todos os países do mundo até meados de 2022.

Diretores da Anvisa ameaçados

Cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) relataram terem sofrido ameaças na semana passada. As ameaças chegaram por e-mail e exigem o fim do pedido de uso de vacinas em crianças, que deve ser feito com a Pfizer. A Anvisa acionou a Presidência, que entrou em contato com o Ministério da Justiça para cuidar do caso. Os diretores já saberiam o nome do agressor.

Damares conversa sobre indígenas com diretor da OMS

O desempenho do Brasil na vacinação de povos indígenas contra a covid-19 foi tema do encontro entre a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. A reunião ocorreu na sede da OMS em Genebra, na Suíça, nesta terça-feira (2).Damares mencionou que desde setembro 80% da população indígena está totalmente imunizada. Adhanom elogiou a marca alcançada, disse entender os desafios logísticos do Brasil em vacinar comunidades isoladas e citou o sistema brasileiro de saúde pública como exemplo a ser replicado no mundo. A ministra também citou o reconhecimento como política de direitos humanos do atendimento a pessoas com doenças raras e suas famílias e também mencionou a mortalidade de idosos em abrigos. Segundo Damares, a taxa de mortes nessa categoria está baixa no Brasil, pois o grupo teve prioridade na vacinação e uma cadeia de atendimento foi acionada para adotar medidas sanitárias.

O que MONEY REPORT publicou hoje

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Informe Publicitário

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Cientista defende vacinação de crianças

Nonagenária salva

Painel Coronavírus

Vacinados *
• 848 milhões no mundo (10,77% da população com a primeira dose)
• 7,01 bilhões de doses distribuídas (90,92% da população — cumulativo, incluindo doses de reforço)
• 155,20 milhões no Brasil (72,76% da população)
* dados globais aproximados

Segunda dose **
• 3,06 bilhões no mundo (38,86% da população)
• 120,89 milhões de brasileiros (56,67% da população)
** dado global aproximado

Casos confirmados no Brasil
• 21.821.124 – acumulado
• 6.431 – novos infectados
• 21.015.876 – recuperados 
• 197.177 – em acompanhamento 
• 10.383,7 – incidência por grupo de 100 mil habitantes

Mortes confirmadas no Brasil
• 608.071 – óbitos acumulados
• 149 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 289,4 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes

Dados globais e nacionais atualizados em 02/11/2021, às 19h

Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz

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