Com um lucro líquido de R$ 83 milhões neste terceiro trimestre, 74% acima do terceiro tri de 2020, e R$ 1,4 bilhão de receita bruta, sendo esse o melhor resultado para o período da JSL, empresa especializada em logística que desponta nesse balanço e conta com uma jovem e promissora agenda ESG. Vale destacar que R$ 1,2 bi foi reforçado por crescimento orgânico em seus quatro ramos de atuação (operações de logística dedicada, transporte rodoviário de cargas, distribuição urbana e serviços de armazenagem) e pelas companhias adquiridas ao longo dos últimos 12 meses. A companhia explica que os R$1,2 bi são novos contratos firmados no tri para receitas futuras, em 2021, e R$3,7 bi são contratos com receitas novas a serem realizadas em até nove anos. O Ebita (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do período atingiu R$ 198 milhões, aumento de 68% em relação ao terceiro tri de 2020, e a expansão na margem Ebita ficou em 3,5% em relação ao segundo tri de 2021 ajustado.
Para explicar melhor esses excelentes resultados, MONEY REPORT conversou com o CEO da JSL, Ramon Alcaraz, que explicou que isso se deve por uma gestão austera de redução de custos e a aquisição de cinco empresas ao longo de cinco meses que complementaram o resultado, fazendo o valor absoluto crescer. O CEO compartilhou as expectativas para o próximo tri: “Nosso quarto tri costuma ser o melhor do ano, devido a nossa presença no varejo”, ou seja, somando a retomada após a vacinação, festas de final de ano, black friday e o décimo terceiro que incrementam a renda dos trabalhadores, o próximo balanço poderá ser mais recordes.
Quando questionado sobre o cenário macroeconômico, com a alta da inflação, cambial e crise nos preços dos combustíveis, Ramon explicou que política de austeridade e a busca por crescimento orgânico ajudam a JSL a navegar. Ele destacou que há operações especiais com as empresas contratantes: “Há operações dedicadas em que os clientes oferecem o diesel e isso ajuda o caminhoneiro, contribui com a cadeia de distribuição”. Para ele, em momentos de crise, cada empresa tem que ler os contratos e olhar caso a caso.
Agenda ESG
Para além do balanço, a empresa possui uma gama de iniciativas ESG (sustentabilidade, social e governa, na sigla em inglês), entre elas, MR destacou o Mulheres na Direção, que as capacita para serem motoristas de caminhão e operadoras de máquinas. Ainda no começo, o programa selecionou 12 mulheres, mas há planos de expansão. “Contratamos 12 mulheres, mas ao recrutamento vieram mais de cem. O que prova que há mais preconceito da área que falta de vontade das mulheres de exercer funções operacionais ditas masculinas”, disse Alcaraz. O CFO da JSL, Guilherme Sampaio, completou: “Trazer as mulheres na atividade de ponta, é a ponta de um iceberg maior. Isso fez a companhia ter que se preparar para ter um ambiente mais receptivo e somou à cultura da empresa”.
- Meta Zero Acidentes no ambiente de trabalho;
- Compromisso com a descarbonização das operações para o enfrentamento das mudanças climáticas, assinado no “Empresários pelo Clima”;
- Parceria com a Fundação Toyota do Brasil e apoio ao projeto Águas da Mantiqueira desenvolvido pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio. Cada empresa se comprometeu com a restauração de 1 hectare de floresta no município de Sapucaí Mirim (MG), na Serra da Mantiqueira.