A Rússia reaverá a importação de carne bovina e suína de 12 estados brasileiros nesta semana, comunicou o órgão regulador de segurança sanitária do país nesta terça-feira (23). A maioria das restrições aos produtores brasileiros de carnes bovina e suína estão em vigor desde 2017, devido às alegações do uso do aditivo ractopamina na alimentação das criações, o que grupos de criadores locais e a índústria processadora negam. Proibida em 160 países, incluindo União Europeia, China e Rússia, a ractopamina permite o aumento da engorda muscular sem demasiada produção de gordura, aumentando o valor das peças. O produto é permitido nos Estados Unidos, Canadá, Mèxico, Coreia do Sul e Japão.
Mais cedo, a China anunciou que aceitará os pedidos de importação de carne bovina brasileira que tenham os necessários certificados sanitários expedidos antes de 4 de setembro. A decisão permite que parte das cargas retidas em câmeras frigoríficas em portos chineses devido à suspeita, já descartada, comecem a ser liberadas.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que a decisão das autoridades da China é o “primeiro passo” para a retomada integral das exportações de carnes brasileira para aqueles mercados. “O próximo passo será liberarmos a suspensão da carne brasileira daqui para frente. Estamos em andamento neste processo e espero que isto aconteça ainda no próximo mês”, declarou a ministra, nesta tarde, em Brasília