Uma pesquisa do Instituto Akatu e da GlobeScan apontou que a pobreza extrema no mundo é a principal preocupação para 87% dos brasileiros. A seguir vêm a poluição da água e a pandemia de covid-19. A crise que o país vivencia desde 2020, tanto na saúde pública quanto no rebote econômico pós vacinação, indica o aguçamento da percepção da população para os graves problemas globais, ficando entre 15 a 30 pontos percentuais acima da média mundial para os problemas apresentados
O levantamento destaca que para os brasileiros, pobreza e pandemia se unem claramente às preocupações relacionadas ao déficit de saneamento básico. Foram ouvidas 31 mil pessoas adultas no mundo, mil delas do Brasil, entre junho e julho deste ano.
Nossos principais receios
- Pobreza extrema – 87%;
- Poluição da água – 85%;
- Pandemia de covid-19 – 84%;
- Escassez de água potável – 82%;
- Esgotamento dos recursos naturais – 81%;
- Falta de acesso a cuidados de saúde – 79%.
- Na média dos 31 países, os resultados foram consideravelmente mais baixos: 60%, 63%, 66%, 55%, 63%, e 52%, respectivamente.
Mais atentos que o esperado
- Os brasileiros sentem maior necessidade de apoio do governo (cerca de 60%) e das empresas (cerca de 50%);
- Para mais de 55% dos respondentes, o que ajudaria na compra de produtos saudáveis e sustentáveis seria obter informações sobre como encontrar produtos de baixo custo e maior durabilidade;
- Entre 2020 e 2021, houve uma queda generalizada na percepção de cumprimento das responsabilidades socioambientais em todos os setores produtivos no Brasil;
- Para 77% dos brasileiros, o que é bom para o indivíduo nem sempre é bom para o meio ambiente. A média mundial é de 43%;
- 86% dos brasileiros desejam reduzir seu impacto sobre o meio ambiente, contra 73% da média mundial;
- No Brasil, 8 em cada 10 veem os eventos climáticos extremos como incomuns e 5 consideram que tais casos são muito incomuns e alarmantes;
- Quase 70% consideram que o Brasil deve ter um papel de liderança no enfrentamento das mudanças climáticas;
- Pelo menos 48% declararam que sua saúde mental e bem-estar foram afetados pela pandemia;
- 62% afirmaram ter a situação financeira afetada negativamente com a covid.