A prévia vinda da cidade laboratório
Cenário de um projeto científico do Instituto Butantan, a cidade de Serrana (SP) teve sua população adulta vacinada com a CoronaVac entre fevereiro e abril. Como resultado, a transmissão e as mortes despencaram de forma parecida ao restante do Brasil com o posterior avanço da campanha nacional de imunização. O que preocupa agora é o aumento dos casos – ainda que de pouca gravidade. O que ocorre em Serrana pode ser uma antecipaçao do que estaria por vir em escala nacional. A pedido do UOL, a Infotracker, agência de monitoramento de dados da USP e da Unesp, detectou um aumento de 300% na média móvel de novos casos na cidade desde o início do ano. Eram 8 registros diários em janeiro, contra 32 na sexta-feira (19). Os casos diminuíram em abril e voltaram a subir seis meses depois. Felizmente, as internações se mantêm em patamares relativamente baixos, com o nível de óbitos em queda constante desde agosto, com oito caos contra dois em novembro. Os resultados sugerem a necessidade de doses de reforço.
Novo normal: líder tcheco isolado numa gaiola
Diagnosticado com covid na última quinta-feira (25), nem por isso o presidente da República Tcheca, Milos Zeman, deixou de participar neste domingo (28) da posse do primeiro-ministro Petr Fiala (ambos no destaque). Ainda transmitindo o vírus, ele assistiu a cerimônia em uma gaiola plástica que o isolou dos demais, em uma demonstração inusitada de novo normal. Aos 77 anos e em uma cadeira de rodas, Zeman está debilitado e recebeu alta condicional, já que a constituição do país exige a presença do presidente eleito na confirmação da indicação do parlamento.
Ômicron só causou casos leves e incomuns
Uma notícia esperançosa veio da África do Sul. A presidente da associação médica local, Angelique Coetzee, afirmou que só foram registrados manifestações leves entre os 77 infectados com a variante agora denominada ômicron. Foi Coetzee quem decidiu alertar as autoridades internacionais sobre a mutação que os sul-africanos identificaram. Em entrevista ao The Telegraph neste sábado (27), ela disse é necessário aprofundar os estudos, já que os efeitos da mutação em pessoas vulneráveis são desconhecidos. A ômicron causou forte fadiga em pacientes jovens, mas sem perda de paladar ou olfato, contrariando o esperado. Uma criança de 6 anos apresentou forte febre, mas em dois dias estava melhor, enquanto as demais variantes costumam ser assintomáticas ao público infantil.
Nove estados não registram mortes
A média móvel de mortes nos últimos 7 dias no Brasil foi de 227. Em comparação com média de 14 dias atrás, houve uma queda de 11%. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa, baseado em dados das secretarias de saúde consolidados às 20h deste domingo (28). No período de 24 horas encerrado no domingo, não foram registrados casos fatais no Acre, Amazonas, Amapá, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Piauí, Roraima e Sergipe. Mato Grosso do Sul, Tocntins e Distrito Federal não divulgaram dados.
O que MONEY REPORT publicou hoje:
- O que se sabe sobre a ômicron e onde estão os casos
- Black Friday cresce 6% no e-commerce e atinge R$ 5,4 bi
- Anvisa pede proibição de voos de Angola e Moçambique
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Quanto mais vacinados, menos casos fatais
Um levantamento feito em novembro pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC) colocou por terra – mais uma vez – as dúvidas sobre a efetividade das diferentes vacinas. Em termos estatísticos, quando maior é o índice de completamente vacinados, menor é a taxa de mortes, independente do tamanho da população de um país. A Irlanda, com 93% da população adulta atendida (75,98% dos 5 milhões de habitantes), somou 15 óbitos por milhão em um período de 14 dias; Portugal, com 92% dos adultos (87,78% dos pouco mais de 10 milhões de habitantes), teve 10 casos fatais por milhão; França, com 81% (69,39% dos 68 milhões de franceses), registrou 7 mortos por milhão. Quem destoa é a Alemanha, que com o mesmo índice da França (67,77% de 84 milhões), soma 20 vítimas por milhão em um momento de resistência dos negacionistas e opositores da obrigatoriedade de inoculação. Em situação vacinal drasticamente pior, Romênia e Bulgária somam, respectivamente, 267 e 325 vítimas fatais por milhão. A Romênia tem supostos 43% de adultos completamente imunizados, a Bulgária, 29%. Ambos os países nem constam nas estatísticas das Nações Unidas compiladas pelo Universidade Johns Hopkins, por falta de informações confiáveis e constantes.
Fique por dentro
Painel Coronavírus
Vacinados *
• 895,31 milhões no mundo (11,38% da população com a primeira dose)
• 7,9 bilhões de doses distribuídas (100,7% da população global — cumulativo, incluindo doses de reforço e estoques)
• 23,9 milhões no Brasil (11,2% da população)**
* dados globais aproximados
** sem atualização
Segunda dose *
• 3,365 bilhões no mundo (42,68% da população)
• 134,61 milhões de brasileiros (63,1% da população) **
* dado global aproximado
** sem atualização
Casos confirmados no Brasil
• 22.080.906 – acumulado
• 4.043 – novos infectados
• 21.293.314 – recuperados
• 173.314 – em acompanhamento
• 10.507,4 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 614.278 – óbitos acumulados
• 92 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 292,3 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados nacionais atualizados em 28/11/2021, às 18h50
Fontes: Ministério da Saúde, secretaria estaduais e municipais de saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), consórcio de veículos de imprensa, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Universidade Johns Hopkins