A Petrobras finalizou nesta terça-feira (30) a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) para o Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos (EAU), por US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões). O valor inclui ativos logísticos e reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão (R$ 9,25 bi), ajustado pela correção monetária e variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. A unidade está localizada em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador (BA).
O contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que sdeve ser apurado nos próximos meses. A refinaria é a primeira entre as oito que estão sendo vendidas pela Petrobras. A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação, assumirá a gestão a partir desta quarta-feira (1º). A Landulpho Alves passa a se chamar Refinaria de Mataripe.
O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, disse que a conclusão da venda reflete a importância da gestão de portfólio e fortalece a estratégia da companhia. “Esta operação de venda é um marco importante para a Petrobras e o setor de combustíveis no país. Acreditamos que, com novas empresas atuando no refino, o mercado será mais competitivo e teremos mais investimentos, o que tende a fortalecer a economia e gerar benefícios para a sociedade. É também parte do compromisso firmado pela Petrobras com o Cade para a abertura do mercado de refino.”
Para o presidente do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren, “a prioridade é garantir excelência na produção e operação da refinaria, além de uma transição estruturada, serena e sem ruptura. É criar valor com atenção especial às pessoas e ao meio ambiente. Enfatizamos sempre o compromisso de longo prazo que temos com o país e as regiões onde atuamos.”
Com a conclusão da venda, inicia-se uma fase de transição em que as equipes da Petrobras apoiarão a Acelen nas operações em Mataripe. Isso acontecerá nos termos de um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional.
A estatal informou que nenhum empregado será demitido. Os empregados poderão optar pela transferência para outras áreas da empresa ou aderir a um programa de desligamento voluntário (PDV), com pacote de benefícios.
(Agência Brasil)