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Governo não exigirá comprovante de vacinação de passageiros vindos do exterior

Foi anunciado pelo governo federal em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (7) que os estrangeiros ou brasileiros que venham do exterior serão submetidos a uma quarentena obrigatória de cinco dias e teste RT-PCR feito 72 horas antes do embarque para entrarem no Brasil. O passaporte vacinal não será exigido. Uma portaria com a resolução será publicada nos próximos dias, disse o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (imagem), porém destoou da pasta que ocupa ao citar as liberdades individuais em detrimento da saúde pública “é melhor perder a vida do que a liberdade,” disse. A vida deveria ser algo caro ao jaleco que Queiroga veste, ele, assim como qualquer médico, realizou o juramento de Hipócrates ao se formar na faculdade de medicina. Outro ponto crítico no discurso de Queiroga foi dizer que vacinas não impedem a transmissão do vírus e logo, que nas entrelinhas significa que o passaporte seria inútil. De fato, não impede, mas é por causa da ampla campanha de imunização que os leitos de UTI estão se esvaziando e cinco mil brasileiros estão deixando de morrer todos dias, diferente do que ocorreu na segunda onda, já que as vacinas impedem o desenvolvimento das formas mais graves da covid-19. “Avisamos, a variante ômicron é motivo de atenção e não de pânico. Ainda não sabemos quais impactos poderá causar ao sistema de saúde” – cepa hoje é tida como menos virulenta, talvez, por causa de uma maioria já imunizada. A ciência ainda está pesquisando.

Em vez de pautar a saúde pública, Queiroga resolveu discursar sobre a retomada econômica. Ele explicou que o foco agora é o turismo, dando a entender que a exigência de uma comprovação seria um empecilho para a entrada de uma gama de turistas e seus dólares ao Brasil. “Retomada do emprego e renda”, disse o ministro. A não ser que Queiroga queira a pasta de Paulo Guedes (Economia), esta não deveria ser uma preocupação latente de uma autoridade que encabeça a Saúde. Mas sim, o incentivo a vacinação para proporcionar mais segurança sanitária para a retomada.

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